domingo, 7 de junho de 2015

Músculo Tríceps Braquial
O Músculo Tríceps Braquial possui três Cabeças: longa, com origem no Tubérculo Infraglenoidal da Escápula; lateral, com inserida na Face Posterior e Proximal do Úmero (acima do Suco do N. Radial) e; medial, inserida na Face Posterior do Úmero na região Medial e Distal (abaixo do Sulco do N. Radial). A inserção comum das Cabeças é no Olécrano.

Estratégia da Palpação: com o membro superior pendente ao lado do tronco, solicite ao paciente uma extensão do Antebraço. A Cabeça Longa é visível medialmente, começando lateralmente à Prega Axilar Posterior. Entre a Cabeça Longa e lateral é possível visualizar um Sulco e, a Cabeça Medial localiza-se na região Distal e Medial da parte posterior do Braço.  

Nervo Axilar: Ramo do Fascículo Posterior do Plexo Braquial. Inerva os Músculos Deltóide e Redondo Menor, além de suprir a pele da Face Súpero-lateral do Braço. O N. Axilar não é palpável, entretanto o estudante deve ter ideia da localização do Nervo através da Pele e as estruturas que o reveste. O N. Axilar contorna o Cólo Cirúrgico do Úmero (após atravessar o Espaço Quadrangular da Axila com a A. Circunflexa Posterior do Úmero), local onde pode ser lesado por fraturas da região. Na superfície do corpo utilizamos o Músculo Deltóide como guia para sua localização. Localize a Margem Inferior da porção espinhal do Músculo Deltóide. O ponto de junção da Margem Inferior da porção espinhal do Músculo Deltóide e o Úmero é o local de projeção superficial do N. Axilar.

Nervo Radial: Ramo do Fascículo Posterior do Plexo Braquial inerva todos os Músculos Extensores do Braço, Antebraço, Punho e Dedos (inclusive o Músculo Braquiorradial, que apesar de atuar na flexão do Cotovelo, é inervado pelo N. Radial). O N. Radial não é palpável, mas devemos saber sua localização através da Pele. Aqui será descrito a parte do N. Radial encontrado no Braço. O N. Radial passa posteriormente ao Úmero, (junto da A. profunda do Braço), entre as Cabeças Lateral e Medial do Músculo Tríceps Braquial, no sentido de: proximal-medial, para distal-lateral (entre as Cabeças do Músculo Tríceps), localizando-se anteriormente ao Epicôndilo Lateral do Úmero.
Fonte: BACKHOUSE, Kenneth M.; Ralph T. Atlas Colorido de Anatomia de Superfície Clínica e Aplicada. São Paulo: Manole, 1989.

Anatomia - Prática em Laboratório de Anatomia

Músculo Tríceps Braquial 

Músculos do Braço 

 

Treino Avançado de Tríceps

Os tríceps são os maiores responsáveis pelo volume dos braços e em muitas ocasiões, treinados incorretamente; na maioria das vezes, comete-se o erro de treiná-los demais, negligenciando o fato de que este grupo muscular também é solicitado intensamente nos treinos de peito e ombros. Nesta sugestão de treino, alguns exercícios que atingem todas as porções dos tríceps de maneira particularmente intensa e que, se usados corretamente dentro de uma programação de treinamento, irão contribuir para o aumento do volume de seus tríceps.
Alguns dos exercícios e técnicas descritas abaixo devem ser utilizadas somente por quem se encontra em um nível intermediário ou avançado de treinamento e sob a supervisão de um profissional da área . Exercícios de aquecimento prévio das articulações envolvidas também devem ser feitos, diminuindo o risco de lesões nessas áreas.
EXERCÍCIOS
SÉRIES
REPETIÇÕES
INTERVALO
TÉCNICA
Tríceps corda sentado
3
15 – 10
Até 45 seg
Rest-pause últ série
Tríceps supino modificado
3
12 – 6
Até 1 min
Reps Parciais últ série
Tríceps francês simultâneo c/ rotação
3
10 – 6
Até 1 min
Paralelas
2
Máx
Até 1 min
Super Slow
Triceps corda sentado
TRÍCEPS CORDA SENTADO – Em um banco ou cadeira, frente ao aparelho, mãos segurando firmemente uma corda para a extensão de tríceps na polia. As pernas devem estar afastadas e o tronco ligeiramente inclinado à frente. Realizar a extensão dos antebraços, tendo o cuidado para não direcionar o movimento para uma posição à frente ou atrás dos joelhos, e sim diretamente entre os pés, finalizando o movimento com ambas as mãos apontando para baixo. Um leve afastamento das mãos é necessário, porém não se deve ter como meta afastá-las demasiadamente, comprometendo o objetivo principal que seria a total extensão dos tríceps. Notem que os cotovelos que estavam voltados para trás, estão agora, ao final do movimento, voltados para fora, possibilitando uma contração total dos tríceps (foto da direita). O uso da corda permite que os cotovelos estendam totalmente, aproximando-se da posição anatômica e adaptando-se às alavancas biológicas, daí conseguirmos sentir os tríceps “queimarem” neste movimento específico. Essa variação do exercício feito normalmente em pé, possibilita uma maior utilização de cargas, já que a inclinação do tronco à frente otimiza a estabilidade do tronco e favorece o pêndulo, vencendo o momento de inércia. Após uma breve pausa embaixo, as mãos devem subir em direção ao queixo (foto da esq. e centro), mantendo os cotovelos logo acima dos joelhos.
Triceps supino modificado
TRÍCEPS SUPINO MODIFICADO – Deitado sobre um plano horizontal, pegada na barra em pronação e cotovelos estendidos, começar a descida da barra em direção à linha das clavículas ao mesmo tempo em que os cotovelos são projetados para a lateral do tronco (no alto, à dir.) O objetivo desse movimento é aproximar os antebraços dos braços ao máximo, dando assim um ótimo pré-estiramento aos tríceps e impedindo que os feixes anteriores dos ombros participem do exercício, o que acontece no quando realizado da forma convencional. A barra deve seguir sempre uma trajetória perpendicular, não devendo oscilar para frente e trás, diminuindo o braço de resistência do músculo-alvo. Como forma de aumentar a intensidade do exercício, pode-se fazer com que a barra chegue antes ao peito, que os cotovelos à lateral do tronco (foto acima, à dir.). A barra utilizada no exercício é uma barra “W” ou “EZ”, por proporcionar uma pegada mais anatômica, mas uma barra reta também pode ser usada, dependendo do conforto articular de cada um. Atenção à tendência de afastar lateralmente os cotovelos, exigindo assim a participação dos músculos peitorais e diminuindo a eficiência do exercício.
TRICEPS FRANCÊS SIMULTANEO COM ROTACAO
TRÍCEPS FRANCÊS SIMULTÂNEO COM ROTAÇÃO – Sentado em um banco inclinado a um ângulo aproximado de 80°, braços estendidos no alto e segurando um par de halteres no alto; as mãos devem estar com as palmas voltadas à frente, ou seja, na posição pronada, com carga perfeitamente posicionada no ponto acima da cabeça, não permitindo que o peso se desloque à frente do corpo. Começar o movimento de forma lenta, descendo os halteres paralelamente, voltando as palmas das mãos uma para a outra, até que os halteres quase toquem o banco ou a região posterior dos ombros. Os cotovelos podem e devem ser projetados um pouco para trás, permitindo o pré-estiramento da porção longa do tríceps e assim uma maior efetividade do exercício. Na subida da carga, realizar o movimento inverso das mãos, cessando a fase concêntrica quando os halteres se encontrem na posição inicial, no alto. Atenção a movimentos bruscos nos ombros, acarretando riscos desnecessários de lesão e a projeção exagerada dos cotovelos para fora.
MERGULHO NAS PARALELAS
MERGULHO NAS PARALELAS – Apoiado sobre as barras paralelas, os cotovelos estendidos e as pernas suspensas, começar lentamente a descida do tronco, flexionando os cotovelos. Como este é um exercício composto que, além de solicitar os tríceps, envolve a articulação dos ombros e consequentemente os músculos que atuam nesta articulação e movimento, é interessante realizar a flexão dos cotovelos somente em seus primeiros graus, diminuindo a participação dos feixes anteriores dos ombros e peitorais. Notem que a flexão dos cotovelos cessa antes mesmo de completar 90 graus, evitando que outros músculos participem com mais intensidade do movimento. Também não se deve projetar os cotovelos para fora, permitindo a rotação interna dos ombros e intensa ativação dos peitorais. Recomendo que se faça uma pequena pausa de 1 a 2 segundos em contração máxima dos tríceps no alto, bem como diminuir a velocidade de execução para 4 a 5 segundos nas fases concêntrica e excêntrica. Outra opção seria realizar o exercício em um aparelho específico ou entre dois bancos, sempre utilizando as mesmas técnicas. Em todos os casos, é recomendando prudência a fim de evitar traumas na região dos ombros.
Alguns dos exercícios e técnicas descritas acima são devem somente ser utilizados por quem se encontra em um nível avançado de treinamento. Exercícios de aquecimento prévio das articulações envolvidas também devem ser feitos, diminuindo o risco de lesões nessas áreas.

Tríceps Supino Modificado/ www.romneypersonal.com.br 

 

Mergulho nas Paralelas/ www.romneypersonal.com.br 

 

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