Pulso firme23/10/2015 | 16h41Atualizada em 23/10/2015 | 17h09
Saiba quais são os benefícios das pulseiras que monitoram os sinais fisiológicos e as atividades físicas
Dispositivos podem ajudar tanto médicos quanto profissionais de Educação Física na prescrição de tratamentos e treinamentos
Camila Kosachenco
A tendência vai muito além do nem tão bem sucedido Google Glass e promete auxiliar profissionais da saúde em tratamentos e prescrição de treinamentos. Marcas como Jawbone, Nike, FitBit e até as tradicionais de frequencímetros como Garmin e Polar investiram na produção dessas ferramentas capazes de obter dados completos sobre a rotina do seu usuário.
Pioneiras no mercado, Jawbone e FitBit e Nike nasceram como pedômetros (contador de passos) e, alguns deles, já possuem até a capacidade de medir a qualidade do sono do indivíduo.
— Na última versão da Jawbone é possível também medir o sono REM (mais profundo) e batimentos cardíacos através de alguns sensores que encostam na pele. Estes dados podem dizer também o nível de estresse e hidratação do indivíduo — comenta professor e pesquisador de Comunicação Digital da Faculdade de Comunicação Social da PUCRS Eduardo Pellanda.
Segundo Pellanda, a maioria desses gadgets usa o Bluetooth 4.0, que tem baixíssimo consumo de energia, e são sincronizados com aplicativos para smartphones ou tablets. As informações do usuário ficam armazenadas na nuvem do fabricante.
E quem comemora os avanços não são apenas os aficionados por tecnologia, mas também os profissionais da saúde. Eles se beneficiam dos dados obtidos para poder ter um conhecimento apurado dos pacientes e até de tratamentos prescritos.
— Essas tecnologias capazes de medir as informações fisiológicas por 24 horas são uma revolução para as ciências da saúde. O próximo passo é integrar a tua casa. Tu vais acordar, por exemplo, vai te olhar no espelho e ele vai avisar que tu não dormiu bem, ou vai dizer que precisa tomar água — avalia o professor da Faculdade de Educação Física e Ciências do Desporto da PUCRS Rafael Baptista.
Para Baptista, além do público geral, as pulseiras são ótimas ferramentas para os praticantes de atividades físicas. Se antes os treinos eram anotados em um bloquinho, agora ficam armazenados dentros desses dispositivos:
— Os aparelhos estão se tornando mais pró-ativos. Eles vão tornar a nossa vida mais fácil, pois vão registrar, orientar e avisar se algo estiver sendo feito da forma errada.
Mas como esses mecanismos tão pequenos são capazes de prever uma lesão? Segundo o professor de Educação Física, no caso de uma atividade aeróbica, por exemplo, eles podem alertar quando o usuário ultrapassar os batimentos cardíacos indicados.
— Se tu estiveres passando desse limite, teus músculos e ossos também podem ter um estresse muito grande, então ele prevê e alerta que há risco de lesão nos músculos e articulações — explica.
Investimento nos dispositivos ainda pesa no bolso
Se você se interessou pelos aparelhos, o primeiro passo é avaliar quais são as suas necessidades antes de comprar qualquer produto. Para buscar dados clínicos, o mais indicado é procurar orientação de um médico. Mas você busca informações sobre atividades físicas, o ideal é conversar com um profissional de Educação Física.
Depois de escolher a ferramenta mais indicada para o seu perfil, chega a hora mais difícil: desembolsar até US$ 180 por uma delas. Lembrando que nem todas estão disponíveis no Brasil.
Relógios também são opção
Depois dos smartphones, chegou a vez dos smartwatches. Os aparelhos que começaram a surgir podem substituir algumas dessas pulseiras de monitoramento, garante Pellanda:
— O Apple Watch tem um sistema de monitoramento super avançado. Só ainda não monitora sono.
Segundo o especialista, os dados das pulseiras e do relógio podem ser compilados usando a App Apple Health.
Fonte: http://diariodesantamaria.clicrbs.com.br/rs/bem-viver/noticia/2015/10/saiba-quais-sao-os-beneficios-das-pulseiras-que-monitoram-os-sinais-fisiologicos-e-as-atividades-fisicas-4885314.html
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