quinta-feira, 26 de janeiro de 2017

26/01/2017 21h07 - Atualizado em 26/01/2017 21h07

Vistoria em área com macacos mortos suspeitos de febre amarela termina

Animais foram encontrados mortos em Aparecida do Taboado (MS).
Grupo da Secretaria Estadual de Saúde recolheu mosquitos para examinar.

A comissão da Secretaria do Estado de Saúde (SES) terminou nesta quinta-feira (26) a vistoria da área onde macacos com suspeita de febre amarela foram encontrados em estado de decomposição em Aparecida do Taboado, município que faz divisa com Minas Gerais.

Os técnicos foram em busca de mais animais que poderiam estar mortos na região onde três macacos foram encontrados. Por causa do estado de decomposição não foi possível coletar material genético para confirmação de doenças. A equipe também coletou mosquitos do local para analisar a possível circulação do vírus.

“Encaminhamos esse material para o Instituto Ivan Chagas, no Pará. Eles passam o resultado para o estado das espécies que foram encontradas nessas localidades”, disse o biólogo Paulo Silva de Almeida, coordenador da equipe.

Os macacos são hospedeiros da febre amarela silvestre, que tem provocado grande preocupação no país. Os mosquitos transmissores, que picam o animal contaminado, podem transmitir a doença para o ser humano.

“O mosquito pode fazer a ponta da febre amarela silvestre para a febre amarela urbana. Ele só pode fazer a ponte, mas quem pode fazer o estrago mesmo se acontecer é o aedes aegypti porque na proporção o aegypti é bem superior do que o albopictus”, explicou o coordenador de Controle de Vetores Mauro Lúcio do Rosário.

Além dos mosquitos silvestres, o aedes aegypti - que transmite dengue, vírus da zika e chikungunya - também pode disseminar a febre amarela nas cidades. Diante desse risco, a principal orientação é a vacina. O Ministério da Saúde enviou cerca de 50 mil doses para o estado.

“Toda episodia que é esse episódio de morte de macacos suspeita de febre amarela é comunicada ao Ministério da Saúde. E toda episodia se esforça para identificar pessoas que ainda não foram vacinadas”, afirmou o responsável do Departamento de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Eduardo Hage.

Pela recomendação do Ministério da Saúde, a vacinação deve de aos 9 meses com reforço aos 4 anos e nos adultos que tomam a primeira dose o reforço deve ser feito após 10 anos. A SES encaminhou orientações de prevenção aos 79 municípios.

Segundo o infectologista da Fundação Carlos Chagas, Dr. Rivaldo Venâncio, grande parte da população já foi vacinada e isso reduz os riscos de uma epidemia urbana no estado.

“Não há risco de uma grande epidemia nos moldes das epidemias de dengue que nós temos observados ao longo dos 30 anos, de febre amarela no Brasil hoje”, afirmou o infectologista Rivaldo Venâncio.

Fonte: http://g1.globo.com/mato-grosso-do-sul/noticia/2017/01/vistoria-em-area-com-macacos-mortos-suspeitos-de-febre-amarela-termina.html

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