Desvio de septo: 8 em cada 10 brasileiros têm
Quando há desvio de septo, a parede interna do nariz é torta. Muitos casos exigem operação, porém não são todos.
Você certamente já viu alguém com o nariz meio inchado, com a pele
vermelha e com aspecto de casca de laranja. Muita gente acha que é
excesso de cravo, mas o nome da doença é rinofima, uma inflamação que
começa com vermelhidão e pode até virar câncer. No Bem Estar desta
quinta-feira (26), a otorrino Francini Pádua explica como é o tratamento
e o cirurgião plástico Luis Henrique Ishida diz quando é preciso
operar.
Falando em operação, muita gente acha que precisa de uma cirurgia no
nariz. De fato, 8 em cada 10 brasileiros têm desvio de septo, ou seja, a
parede interna do nariz é torta, mas nem todos os casos exigem
operação.
Saiba mais
O septo nasal é uma "parede" que divide as 2 fossas nasais, possui uma
parte óssea e outra cartilaginosa, recobertas por uma mucosa. É uma
estrutura com a qual já nascemos e que vai aumentando a medida que
crescemos. Em geral, é durante a puberdade que os desvios começam a
ocorrer, causando obstrução em uma ou ambas fossas nasais, interrompendo
o fluxo de ar e dando a sensação de nariz entupido constantemente.
Segundo a Dra. Francini, o desvio de septo pode ser visto em até 85% da
população em diferentes graus. A condição pode levar a outros
distúrbios como respiração oral, ronco, sono ruim e apneia, mais chance
de sinusite, dificuldade no olfato e, inclusive, dores de cabeça.
Indicação de cirurgia - Apesar
do desvio, não são todos os casos que são levados pra mesa de cirurgia.
O grau de desconforto depende do local do desvio, em geral, o
desconforto é maior quanto mais perto da ponta do nariz. A principal
indicação de cirurgia é para pessoas que possuem dificuldades de
respiração, mas desvios estéticos e pacientes com dores de cabeça também
podem ser analisados.
Rinofima
A rinofima pode ser descrita como a hipertrofia das glândulas sebáceas
do nariz que causam alterações na espessura, aspecto, cor e
vascularização da pele. Os quadros iniciais se apresentam como uma
rosácea, que evolui para um quadro de inflamação crônica.
As causas não são totalmente conhecidas, mas observa-se uma maior
prevalência em homens e tem como fatores de pré-disposição, a
hereditariedade e o hábito de beber.
A rinofima acomete a região do nariz pela grande quantidade de
glândulas sebáceas do local, segundo o Dr. Ishida. O diagnóstico precoce
torna o controle mais efetivo. A grande preocupação é que a inflamação
crônica estimula a multiplicação de células, aumentando a probabilidade
de desenvolvimento de tumores cancerígenos.
O tratamento não acaba com a doença, apenas faz a regulação da área
atingida. Além do uso de antibióticos pra conter a inflamação em
estágios mais brandos, podem ser usados métodos cirúrgicos com laser,
bisturi e/ou escova rotativa, visando o remodelamento do nariz.
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