Pesquisadores identificam mais de 500 proteínas modificadas devido ao zika
Estudo foi publicado nesta segunda-feira e é parceria entre universidades e instituições brasileiras.
Uma parceria entre universidades e instituições de pesquisa do Brasil
conseguiu identificar mais de 500 proteínas que são modificadas devido à
ação do vírus da zika no cérebro humano. De acordo com o professor
Stevens Rehen, que assina o artigo publicado nesta segunda-feira (23), a
descoberta pode ajudar a criar novos alvos de terapia contra a infecção
antes da morte das células.
O mesmo grupo de pesquisadores já havia percebido que as células-tronco
neurais morriam até uma semana após a infecção pelo vírus da zika.
Desta vez, eles resolveram entender como as células reagiam antes de
morrer.
Para conseguir isso, usaram “minicérebros” precoces,
em fase inicial - em laboratório, é feita uma reprogramação celular por
meio de células-tronco. Pequenas estruturas de neurônios crescem e
recriam, em certa medida, o funcionamento do órgão mais complexo do
corpo humano.
O grupo coletou o vírus da zika de um paciente brasileiro e o usou para
infectar tais “minicérebros”.
Comparando células infectadas e não
infectadas, eles observaram a expressão gênica e das proteínas. Os
cientistas analisaram as características das células pouco antes de
morrer para entender como o zika compromete o cérebro fetal -
identificando mais de 500 proteínas modificadas.
"O principal fato do trabalho é ter chegado a este mapa de 500 proteínas que são úteis como pistas para se buscar estratégias de entender, primeiro, como funciona todo o processo degenerativo causado pela infecção, mas também tentar buscar formas de reverter", disse o professor Stevens Rehen.
A pesquisa é uma parceria de especialistas do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Campinas (Unicamp), Instituto Evandro Chagas, Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Pará.
"O principal fato do trabalho é ter chegado a este mapa de 500 proteínas que são úteis como pistas para se buscar estratégias de entender, primeiro, como funciona todo o processo degenerativo causado pela infecção, mas também tentar buscar formas de reverter", disse o professor Stevens Rehen.
A pesquisa é uma parceria de especialistas do Instituto D'Or de Pesquisa e Ensino (IDOR), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), Universidade de Campinas (Unicamp), Instituto Evandro Chagas, Instituto Oswaldo Cruz (Fiocruz) e da Universidade Federal do Pará.
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