Febre amarela chegará a outros estados do Brasil, diz OMS
Organização Mundial de Saúde informou que, por enquanto, não há evidências de o que Aedes aegypti esteja participando das transmissões do atual surto.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) informou que o atual surto de
febre amarela deverá chegar a outros estados do Brasil. Até agora, casos
da doença foram notificados nos estados de Minas Gerais, Espírito
Santo, Bahia, São Paulo, Distrito Federal (todos descartados), Goiás e
Mato Grosso do Sul.
A OMS informou ainda que, pelo menos por enquanto, não há evidências de
que o Aedes aegypti esteja transmitindo o vírus, causando uma expansão
urbana. Os casos confirmados são registrados nas zonas silvestres,
rurais e de mata, com transmissão por meio dos mosquitos Haemagogus e
Sabethes.
No entanto, o risco de que indivíduos viajem para áreas de dentro ou
fora do Brasil onde os mosquitos Aedes estejam presentes foi assumido
pela organização.
"Espera-se que casos adicionais sejam detectados em outros estados do
Brasil devido ao movimento interno de pessoas e de macacos infectados,
além do baixo nível de cobertura vacinal em áreas que antes não estavam
em risco de transmissão de febre amarela", disse o boletim.
O Ministério da Saúde informou nesta semana que reforçará o estoque de vacinas da doença em 11,5 milhões de doses.
Vacinação
Moradores ou pessoas que pretendem visitar regiões silvestres, rurais
ou de mata devem se vacinar no Sistema Único de Saúde (SUS). A
transmissão da doença, que ocorre pela picada dos mosquitos Haemagogus e
Sabathes nessas regiões, é possível em grande parte do território
brasileiro. O Aedes aegypti também é transmissor da febre amarela, mas
apenas em área urbana.
Vale lembrar que, em situações de emergência, a vacina pode ser
administrada já a partir dos 6 meses. O indicado, no entanto, é que
bebês de 9 meses sejam vacinados pela primeira vez. Depois, recebam um
segundo reforço aos 4 anos de idade. A vacina tem 95% de eficiência e
demora cerca de 10 dias para garantir a imunização já após a primeira
aplicação.
Pessoas com mais de 5 anos de idade devem se vacinar e receber a
segunda dose após 10 anos. Idosos precisam ir ao médico para avaliar os
riscos de receber a imunização.
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e
HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos,
grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.
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