Brasil tem 46 mortes confirmadas por febre amarela, diz ministério
Minas Gerais ainda é estado mais afetado e informou 100 mortes suspeitas ao órgão; destas, 58 ainda estão sob investigação.
O Ministério da Saúde informou nesta segunda-feira (30) que o Brasil
tem 568 casos suspeitos de febre amarela. Deste total, 107 foram
confirmados, 430 ainda estão sob investigação e 31 foram descartados.
Minas Gerais ainda é o estado com o maior número de registros: 509
pessoas com os sintomas.
Dentre as notificações de suspeitas de febre amarela o ministério
recebeu 113 avisos de óbitos, dos quais 46 foram confirmados, 3 foram
descartados e 64 estão em investigação. A grande maioria das mortes
confirmadas ocorreram em Minas: 42.
O país tem 80 municípios com notificações da doença, sendo que 55 estão
em território mineiro. Espírito Santo é o segundo estado mais afetado,
com 37 casos suspeitos e 5 confirmações. A primeira morte foi confirmada nesta segunda e morava na cidade de Ibatiba.
A Bahia tem sete registros, sendo que seis deles ainda estão sob análise
para uma confirmação - um dos casos já foi descartado. O estado não
apresentou nenhuma morte pela doença.
Em São Paulo, de acordo com o Ministério da Saúde, são três mortes confirmadas - a Secretaria de Estado da Saúde já informou três novas vítimas da doença, além das informadas pelo órgão federal. Já no Distrito Federal e em Goiás todos os casos foram descartados.
Caso em Mato Grosso do Sul
Um caso informado pela Secretaria de Estado da Saúde de Santa Catarina foi inicialmente notificado como uma pessoa que teria sido infectada em Mato Grosso do Sul durante uma viagem
e voltado ao estado da região Sul. Nesta segunda, entretanto, o
Ministério da Saúde disse que está reavaliando o local de provável
infecção pelo vírus.
Vacinação
Moradores ou pessoas que pretendem visitar regiões silvestres, rurais
ou de mata devem se vacinar no Sistema Único de Saúde (SUS). A
transmissão da doença, que ocorre pela picada dos mosquitos Haemagogus e
Sabathes nessas regiões, é possível em grande parte do território
brasileiro. O Aedes aegypti também é transmissor da febre amarela, mas
apenas em área urbana.
Vale lembrar que, em situações de emergência, a vacina pode ser
administrada já a partir dos 6 meses. O indicado, no entanto, é que
bebês de 9 meses sejam vacinados pela primeira vez. Depois, recebam um
segundo reforço aos 4 anos de idade. A vacina tem 95% de eficiência e
demora cerca de 10 dias para garantir a imunização já após a primeira
aplicação.
Pessoas com mais de 5 anos de idade devem se vacinar e receber a
segunda dose após 10 anos. Idosos precisam ir ao médico para avaliar os
riscos de receber a imunização.
Por causar reações, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)
não recomenda a vacina para pessoas com doenças como lúpus, câncer e
HIV, devido à baixa imunidade, nem para quem tem mais de 60 anos,
grávidas e alérgicos a gelatina e ovo.
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