Paralisia facial acomete 80 mil pessoas por ano no Brasil
A paralisia facial é uma condição frequente e pode ser decorrente de uma doença como o AVC, um tumor ou meningite, de um trauma ou causada por vírus.
Imagina acordar e perceber que perdeu os movimentos de uma parte do
rosto? Pois você sabia que isso acontece com 80 mil brasileiros, todos
os anos?
O Bem Estar desta terça-feira (24) fala sobre a paralisia facial. O
neurologista Osvaldo Nascimento e o otorrrino Ricardo Ferreira Bento
explicam o que é e quando o quadro pode ser revertido.
Saiba mais
A paralisia facial é uma condição frequente e pode ser decorrente de
uma doença como o AVC, um tumor ou meningite, de um trauma ou causada
por vírus.
A Paralisia de Bell é a mais comum, é causada pelo vírus herpes e
algumas situações que o despertam, como trocas bruscas de temperatura e
estresse. O nervo inflama e para de mandar estímulo aos músculos, por
isso, a paralisação dos movimentos. Como o nervo facial também é
responsável por outras funções, sintomas como modificação do gosto, boca
torta e zumbido no ouvido podem ocorrer.
Reabilitação –
O mais importante na reabilitação é a rapidez com que o paciente
procura atendimento. O ideal é que em até 4 dias, a partir dos primeiros
sintomas, a pessoa inicie o tratamento.
Em geral, a reabilitação da Paralisia de Bell é simples. Após avaliação
médica é indicado o corticoide e/ou antiviral. Exercícios com
fonoaudióloga e fisioterapia podem ser indicados.
O que não fazer – Terapia
com eletrochoque é completamente contraindicada, está comprovado que
sequelas de espasmos e contratura muscular podem surgir por conta dos
choques. Os exercícios de encher bexiga e ficar usando canudo entram na
mesma categoria, por forçarem muito a musculatura, eles podem dar
espasmos e contraturas.
A toxina botulínica também não é indicada porque paralisa os músculos
que estão se mexendo e a pessoa fica sem a mímica facial. Cirurgias
plásticas não têm comprovação científica que resolvem a paralisia. De um
modo geral, a pessoa se recupera bem e não tem sequelas.
Paralisia periférica x AVC
A Paralisia de Bell é causada por uma inflamação no nervo facial e não
tem relação com problemas no cérebro, diferente da paralisia facial
decorrente do AVC, que ocorre quando a lesão no cérebro atinge áreas
cerebrais que comandam os nervos da face.
A apresentação clínica da paralisia dos dois também é diferente. No
caso do AVC, a paralisia atinge os músculos inferiores da face, o
indivíduo consegue abrir e fechar os olhos, por exemplo. No caso da
paralisia periférica, um lado da face é atingido: os músculos frontais
são atingidos, o olho não fecha, a boca desvia e o músculo do pescoço
também é comprometido.
Nenhum comentário :
Postar um comentário