Exercício durante a gravidez pode ajudar mulheres obesas a evitar complicações
Grávidas obesas que praticam exercícios têm menos risco de diabetes gestacional e pré-eclâmpsia, segundo estudo.
Exercícios podem ser uma maneira eficiente para mulheres obesas
grávidas diminuírem o risco de diabetes, de doenças relacionada ao
aumento da pressão sanguínea e outras complicações, segundo uma pesquisa
recente.
"O estudo sugere que uma intervenção baseada em atividade física
pré-natal leva a menores custos em saúde e melhores resultados em
mulheres obesas", disse Leah Savitsky, pesquisadora da Oregon Health and
Science University em Portland, nos Estados Unidos, que liderou o
estudo.
Savitsky e sua equipe analisaram pesquisas publicadas anteriormente
sobre o efeito do exercício em mulheres grávidas com IMC de 30 ou mais. A
faixa normal de IMC é de 18,5 a 24,9; um IMC de 30 ou mais indica
obesidade.
Com base em análises desses estudos anteriores, os pesquisadores
estimaram o benefício de exercícios para mulheres que são obesas no
início da gravidez.
Eles calcularam que, para cada um milhão de mulheres com esse perfil,
há 38.176 casos de um problema de pressão alta relacionado à gravidez
conhecido como pré-eclâmpsia entre aquelas que se exercitam. Entre as
que não se exercitam, o número de casos é bem maior: 113 mil.
O exercício também está ligado a um risco menor de diabetes
gestacional. Entre as que se exercitam, há 195.520 casos por milhão. Já
entre as que não se exercitam, são registrados 305.500 casos.
A pesquisa também relacionou o exercício durante a gravidez a menor risco de nascimentos prematuros e mortalidade materna.
Mulheres grávidas não-obesas também se beneficiam de praticar
atividades físicas durante a gestação, porém o índice do custo-benefício
é menor nesses casos.
"Com a epidemia de obesidade aumentando em nossa sociedade, talvez
devamos voltar nossa atenção para a prevenção de doenças. Não parece ser
tarde demais nem para mulheres obesas que adotam uma mudança de estilo
de vida que pode reduzir substancialmente seus gastos em saúde", disse
Michelle Mottola, da Western University in London, que participou do
estudo.
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