terça-feira, 14 de março de 2017

Número de casos de zika, dengue e chikungunya caem em 2017

Registros das doenças causadas pelo Aedes do país têm forte queda em comparação com o mesmo período de 2016. 

 
O número de notificações de dengue, zika e chikungunya caiu neste ano em comparação com o mesmo período de 2016. Até o dia 18 de fevereiro de 2017, as três doenças somavam 60.124 registros, de acordo com o Ministério da Saúde, contra 590.380 suspeitas no mesmo período do ano passado. A queda é de 89,81%. 

A dengue, que em 2016 começou o ano já com 475.260 suspeitas até a 7ª semana epidemiológica, desta vez registrou 48.177 casos notificados - redução de 89,86%. São 5 mortes devido à doença neste ano, ocorridas nos estados de Goiás, Minas Gerais, Mato Grosso e São Paulo - no mesmo período do ano passado foram 221 óbitos. 

Já a chikungunya, doença que apresenta o maior risco de crescimento neste ano, apresentou 10.294 notificações até o dia 18 de fevereiro, contra 43.567 do ano anterior. A queda foi de 76,37%. Foram confirmados 2.178 casos apenas. Em 2016, foram 196 mortes causadas pela doença - o ministério não divulgou o número de óbitos neste ano. 

Confirmando a expectativa, o vírus da zika apresentou a maior queda, de 97,68%: foram 71.553 notificações até a 7ª semana epidemiológica de 2016, contra 1.653 neste ano. Destas suspeitas, 275 casos foram confirmados. Ninguém morreu devido à doença neste ano, sendo que oito óbitos ocorreram no mesmo período do ano passado.

Ciclo das doenças

De acordo com o presidente da Sociedade Brasileira de Dengue e Arboviroses, Artur Timerman, esse comportamento é natural para as doenças do Aedes e outros vírus. Ele diz que a transmissão da doença tem um ciclo - um início, um pico e uma queda. Depois disso, ainda de acordo com Timerman, novas pessoas voltam a ser infectadas e novas epidemias da doença voltam a surgir. 

"Quando se analisa historicamente como se comportam as epidemias de arbovírus, se vê que quando inicia a transmissão de um vírus em uma determinada região inicia uma curva em U: nos dois primeiros anos o número de casos é pequeno, depois atinge o ápice entre o terceiro e o quinto ano, e depois cai", disse. 

Especificamente sobre o zika, ele acredita que, este ano, o número de casos deve continuar caindo ainda mais no Nordeste, mas que nas regiões que ainda não foram tão afetadas os casos ainda podem ser sentidos. 

"O ano passado houve aquela enormidade de casos no Nordeste e, provavelmente, quem era pra que ser infectado já se infectou. Por isso, neste ano vai diminuir muito o número de casos na região. Nos outros estados, no Centro-Oeste e no Sudeste do Brasil, a epidemia é mais recente. Neste ano ainda é esperado um número pequeno, mas ano que vem espera-se mais casos pelo Brasil".

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