Bombeiros resgatam 3 crianças de hotel soterrado na Itália
Especialistas afirmam que País pode sofrer novos terremotos ainda mais fortes em breve
Avalanche destruiu o hotel e matou pelo menos quatro pessoas
Reuters
Na última quarta-feira (18), uma avalanche destruiu o hotel deixando pelo menos quatro mortos e dezenas de desaparecidos.
O INGV (Instituto Nacional de Geofísica e Vulcanologia), órgão responsável pela medição oficial de terremotos na Itália, não descarta a hipótese de novos tremores iguais ou mais fortes que os da última quarta-feira (18), que tiveram magnitudes superiores a 5.0 na escala Richter.
No entanto, segundo o presidente do órgão, Carlo Doglioni, é impossível prever quando os novos sismos ocorrerão.
— Não sabemos quanta energia ainda falta para ser liberada, porém é mais do que legítimo dizer que não podemos excluir um evento mais importante, embora não seja possível falar quando.
O País está localizado sobre as placas tectônicas africana e euroasiática, que se chocam constantemente.
Além disso, a primeira se move cerca de dois centímetros por ano rumo ao norte, movimentando a cordilheira dos Apeninos, espécie de "espinha dorsal" que corta a Península Itálica.
Causada por terremoto?
A avalanche que destruiu o hotel pode não ter sido causada pela série de terremotos que atingiu o País. A afirmação é de Valerio Segor, dirigente do Serviço Hidrogeológico de Vale d'Aosta -, região montanhosa situada no extremo-norte da Itália e que convive com constantes deslizamentos de neve.
— É muito improvável que a causa da avalanche tenha sido o terremoto. Diferentemente de deslizamentos, as avalanches têm um gatilho imediato, e os tremores ocorreram antes da queda da massa de neve.
Além disso, ele questionou a construção de um hotel em uma área tão sujeita a desastres naturais desse tipo.
O Rigopiano fica no maciço de Gran Sasso, na região de Abruzzo, em plena cordilheira dos Apeninos, que corta o País no sentido norte-sul.
— Não é normal construir um resort na desembocadura de um desfiladeiro, ainda que seja preciso fazer mais avaliações. Em certas zonas de risco, é preciso ter medidas como eventuais obras contra avalanches e procedimentos de evacuação.
Há relatos de que os hóspedes do Rigopiano já haviam feito checkout para ir embora, mas não conseguiram deixar o hotel a tempo devido a um atraso no envio de um caminhão limpa-neve que desobstruiria a estrada.
O estabelecimento tinha recebido um alerta de avalanche emitido pelo serviço nacional de prevenção contra deslizamentos de neve e que apontava risco de nível 4 na zona do maciço de Gran Sasso - o máximo é 5.
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/bombeiros-resgatam-3-criancas-de-hotel-soterrado-na-italia-20012017
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