Mortes por febre amarela em Minas Gerais passam de 100, diz secretaria
Secretaria de Saúde confirma 101 mortes em MG, já o Ministério da Saúde considera que são 105, contando quatro moradores de outros estados.
Passa de cem o número de mortes por febre amarela em Minas Gerais. De
acordo com o boletim divulgado pela Secretaria de Estado de Saúde (SES)
nesta terça-feira (7), 101 pessoas morreram no estado em decorrência da
doença.
Para o Ministério da Saúde, são 105 mortes porque a Pasta considera,
além dos 101 óbitos, outros quatro que são moradores de outros unidades
federativas e que, provavelmente, contraíram a doença em Minas.
Essas
quatro pessoas eram de São Paulo, Espírito Santo, Bahia e Distrito
Federal.
Este é o pior surto de febre amarela já registrado no estado. Conforme a
SES, na maior parte dos casos notificados, as pessoas tiveram os
sintomas entre os dias 8 e 21 de janeiro de 2017.
Ainda de acordo com o boletim, 1.076 casos foram notificados, sendo que
272 foram confirmados. Outros 57 foram descartados. Segundo a SES, 48
municípios tiveram casos confirmados da doença.
A maioria das mortes é relacionada a cidades dos vales do Mucuri e do
Rio Doce. Há ainda mortes relacionadas a cidades do Sul de Minas e do
Norte do Estado.
Macacos mortos em Belo Horizonte
A Secretaria Municipal de Saúde (SMSA) confirmou, nesta segunda-feira (6), a segunda morte de macaco por febre amarela em Belo Horizonte.
O animal foi encontrado morto na Região Oeste, mas o bairro não foi
divulgado. Em fevereiro, um óbito de macaco já havia sido confirmado na
Região de Venda Nova.
Segundo a SMSA, os primatas não apresentam riscos para a saúde humana e
não transmitem a febre amarela. A secretaria ressalta que animais
doentes ou encontrados mortos são um sinal para a vigilância de
possíveis doenças. Em Belo Horizonte, não há registro de casos ou
suspeitas de febre amarela em humanos.
Transmissão
A febre amarela silvestre é transmitida através da picada de mosquitos
Haemagogus e Sabethes. Quando o mosquito pica um macaco doente, ele
torna-se capaz de transmitir o vírus a outros macacos e ao homem. A
doença também é transmitida pelo Aedes aegypti, mas somente em ambiente
urbano. Em Minas, não há notificação de casos em área urbana, segundo a
Secretaria de Estado de Saúde.
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