Edição do dia 17/01/2017
17/01/2017 21h07
- Atualizado em
17/01/2017 21h07Na hora de viajar é preciso redobrar os cuidados contra o Aedes aegypti
Vizinhos se ajudam e vigiam a casa de quem está fora.
‘Quanto maior a temperatura, menor o ciclo do mosquito’, diz pesquisadora.
Edição do dia 17/01/2017
17/01/2017 21h07
- Atualizado em
17/01/2017 21h07Na hora de viajar é preciso redobrar os cuidados contra o Aedes aegypti
Vizinhos se ajudam e vigiam a casa de quem está fora.
‘Quanto maior a temperatura, menor o ciclo do mosquito’, diz pesquisadora.
E o risco aumenta quando as pessoas viajam, em férias, sem tomar cuidados na casa que fica vazia.
Na rede de vizinhos protegidos, todos se ajudam vigiando a casa do vizinho que pega a estrada. Sossego para quem viaja. Mas casa fechada é preocupação para quem fica.
“Eles pedem proteção para vigiar a casa deles por causa de ladrão e eu peço proteção por causa da dengue. Tira os objetos tudo, vira tudo de bruços, senão a gente pega dengue”, diz Marli da Silva.
“O mosquito está aí e vai para casa da gente. Eu mesma já tive dengue três vezes”, avisa Kelly Teles.
O último Liraa, que é o levantamento rápido de índices para Aedes aegypti, feito no fim de 2016, mostra os criadouros do mosquito pelo país.
Nas regiões Norte e Centro-Oeste, as larvas estão, principalmente, no lixo. No Nordeste e no Sul do Brasil, a concentração é em depósitos de água. E no Sudeste, a preocupação maior é dentro de casa.
Nesse calorão, basta uma viagem curta de uma família para as larvas virarem mosquito.
“Quanto maior a temperatura, menor o ciclo do mosquito, então, em vez de demorar dez dias para eclodir, vai demorar cinco dias para eclodir”, explica Alzira Batista Cecílio, pesquisadora da Funed.
Segundo os pesquisadores, os ovos podem sobreviver por mais de um ano em ambientes secos. Eles são pretinhos, do tamanho de grãos de areia. Quando entram em contato com a água, rapidamente dão origem às larvas. E com as condições climáticas deste verão, o mosquito ainda ganha outro ponto a favor dele.
“No período de férias, além de a casa ficar fechada por um período, os agentes têm mais dificuldade para fazer a vistoria”, afirma Ana Carolina Rabelo - bióloga especialista em zoonoses da Secretaria de Saúde.
Mesmo com tudo fechado, o mosquito pode entrar pelas frestas das janelas e das portas. Os banheiros em desuso vão ser um prato cheio para a fêmea colocar os ovos. Por isso, a recomendação é fechar a tampa dos vasos sanitários e todos os ralinhos da casa.
Antes de viajar tem que limpar as calhas e a rede que escoa a água da chuva. No quintal, não dá para deixar objetos espalhados. As larvas aparecem até nos buraquinhos dos botijões de gás. E não se esqueça de dar uma geral na vasilha de água do cachorro.
“Tem que jogar a água fora, passar uma bucha, e deixa ela de boca pra baixo”.
Com a casa em ordem, agora pode levar a criançada para passear no parque.
"O Aedes é perigoso, esse mosquito danado quer te picar".
Em Belo Horizonte, a brincadeira é combater o vilão Aedes aegypti.
Xô mosquito!
Fonte: http://g1.globo.com/jornal-nacional/noticia/2017/01/na-hora-de-viajar-e-preciso-redobrar-os-cuidados-contra-o-aedes-aegypti.html
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