sexta-feira, 20 de janeiro de 2017

Surto de febre amarela: por que a doença voltou, riscos e vacinação; Bem Estar explica

Nos postos de saúde de cidades mineiras, as filas para vacinação estão enormes. Começam a faltar vacinas até onde ninguém ficou doente.

O Ministério da Saúde confirma sete mortes por causa da febre amarela em Minas Gerais. Outras 46 mortes ainda são investigadas. O Estado tem 184 casos suspeitos da doença que não era registrada em cidades brasileiras há 75 anos. 

Nos postos de saúde de cidades mineiras, as filas para vacinação estão enormes e começam a faltar vacinas até onde ninguém ficou doente. Mas por que será que a doença está se alastrando? O infectologista e consultor do Bem Estar, Doutor Caio Rosenthal comenta a volta da febre amarela e explica quem deve e quem não deve se vacinar. 

Outro infectologista, Doutor Tiago Lobo, fala sobre a doença misteriosa que causa muita dor muscular e deixa a urina preta. 

Saiba mais
Apesar de a febre amarela não ser registrada em meios urbanos desde 1942 no Brasil, o vírus nunca deixou de circular nas matas. Transmitido por mosquitos silvestres, periodicamente ele causa problemas. No dia 2 de janeiro deste ano começaram a ser registrados casos em Minas Gerais. 

Deve tomar a vacina contra a febre amarela: morador de município com o vírus circulando ou visitante desses lugares, 10 dias antes de viajar. 

Não devem tomar a vacina: grávidas, crianças com menos de seis meses, alérgicos a ovos e pessoas que vivem em áreas sem registro do vírus. Consultar um médico antes de se vacinar: pessoas com mais de 60 anos. 

Sintomas da febre amarela: febre alta, pele e olho amarelos (o vírus lesiona o fígado) e hemorragia. Não pode pode tomar remédios a base de ácido acetilsalicílico. 

Doença do xixi preto
Surto na Bahia registra 52 casos e dois mortos. Pacientes apresentam dor aguda nos músculos e urina escura, que ocorre por causa de um quadro chamado rabdomiólise, em que os músculos lesionados liberam uma proteína que contém grande quantidade de pigmentos vermelhos, a mioglobina. Esses pigmentos acabam sendo extravasados para a urina, mas nos casos graves, o excesso de pigmentos é tóxico para os rins, que entram em falência. Nos dois casos de óbitos, os pacientes tinham outras doenças de base que dificultaram o tratamento. 

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