Surto de febre amarela: por que a doença voltou, riscos e vacinação; Bem Estar explica
Nos postos de saúde de cidades mineiras, as filas para vacinação estão enormes. Começam a faltar vacinas até onde ninguém ficou doente.
O Ministério da Saúde confirma sete mortes por causa da febre amarela
em Minas Gerais. Outras 46 mortes ainda são investigadas. O Estado tem
184 casos suspeitos da doença que não era registrada em cidades
brasileiras há 75 anos.
Nos postos de saúde de cidades mineiras, as filas para vacinação estão
enormes e começam a faltar vacinas até onde ninguém ficou doente. Mas
por que será que a doença está se alastrando? O infectologista e
consultor do Bem Estar, Doutor Caio Rosenthal comenta a volta da febre
amarela e explica quem deve e quem não deve se vacinar.
Outro infectologista, Doutor Tiago Lobo, fala sobre a doença misteriosa que causa muita dor muscular e deixa a urina preta.
Saiba mais
Apesar de a febre amarela não ser registrada em meios urbanos desde
1942 no Brasil, o vírus nunca deixou de circular nas matas. Transmitido
por mosquitos silvestres, periodicamente ele causa problemas. No dia 2
de janeiro deste ano começaram a ser registrados casos em Minas Gerais.
Deve tomar a vacina contra a febre amarela: morador de município com o vírus circulando ou visitante desses lugares, 10 dias antes de viajar.
Não devem tomar a vacina:
grávidas, crianças com menos de seis meses, alérgicos a ovos e pessoas
que vivem em áreas sem registro do vírus. Consultar um médico antes de
se vacinar: pessoas com mais de 60 anos.
Sintomas da febre amarela:
febre alta, pele e olho amarelos (o vírus lesiona o fígado) e
hemorragia. Não pode pode tomar remédios a base de ácido
acetilsalicílico.
Doença do xixi preto
Surto na Bahia registra 52 casos e dois mortos. Pacientes apresentam
dor aguda nos músculos e urina escura, que ocorre por causa de um quadro
chamado rabdomiólise, em que os músculos lesionados liberam uma
proteína que contém grande quantidade de pigmentos vermelhos, a
mioglobina. Esses pigmentos acabam sendo extravasados para a urina, mas
nos casos graves, o excesso de pigmentos é tóxico para os rins, que
entram em falência. Nos dois casos de óbitos, os pacientes tinham outras
doenças de base que dificultaram o tratamento.
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