Uruguai começa a vender maconha em farmácias na quarta-feira
Lei para regular produção e venda para uso recreativo foi aprovada no país em 2013. Cerca de 4.700 pessoas se inscreveram e poderão comprar 40 gramas mensais, a US$ 1,30 a grama.
Por France Presse
Na próxima quarta-feira começará no Uruguai a venda ao público de
maconha para uso recreativo em um grupo de farmácias locais, anunciou o
governo nesta sexta-feira (14).
Em um comunicado da presidência foi ratificado que o Instituto de
Regulação e Controle da Cannabis (IRCCA) resolveu implementar a venda
controlada de maconha em farmácias a partir de 19 de julho, a mesma data
que os meios uruguaios haviam especulado.
"Até a data, 16 farmácias aderiram ao sistema e cumprem todos os
requisitos exigidos pelo Instituto, garantindo as disposições
estabelecidas" na lei aprovada em 2013 para regular a produção e venda
da erva.
O cronograma para a venda de maconha ao público em farmácias foi o
ponto mais conflitivo e complexo dessa lei, apresentada e aprovada
durante o mandato do ex-presidente de esquerda José Mujica (2010-2015)
como estratégia de luta contra o narcotráfico.
A legislação habilita três vias para ter acesso à cannabis: cultivo em
lares, cultivo cooperativo em clubes e venda em farmácias de maconha
produzida por empresas privadas controladas pelo Estado.
Segundo meios locais, uma das principais redes de farmácias do Uruguai,
San Roque, teria desistido de se juntar ao registro oficial de locais
que venderão maconha regulada pelo Estado ao considerar que o processo
foi "desleixado".
O IRCCA contabiliza, desde que se iniciou o processo de inscrição em 2
de maio, cerca de 4.700 pessoas registradas para comprar maconha. A
população do Uruguai é de 3,4 milhões de habitantes.
Os farmacêuticos estão céticos em relação à rentabilidade do negócio.
Cada pessoa inscrita tem direito a comprar 40 gramas mensais, a US$ 1,30
a grama.
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