Morre segunda vítima de explosão em caldeira de navio na Bacia de Campos, no RJ
Homem de 44 anos estava internado no Hospital Municipal de Macaé, RJ, e morreu na manhã deste sábado (10). Outros dois continuam internados.
Morreu na manhã deste sábado (10) em Macaé (RJ) a segunda das quatro vítimas da explosão em uma caldeira de máquinas do navio sonda NS-32 (Norbe VIII) no Campo de Marlim, na Bacia de Campos. O G1
tenta contato com a assessoria de comunicação da Petrobrás para saber o
estado de saúde das outras duas vítimas que seguem internadas no
Hospital Municipal de Macaé.
A segunda morte foi confirmada pela Odebrecht Óleo e Gás ainda na manhã
deste sábado. Na tarde desta sexta-feira (9), o Sindicato dos
Petroleiros do Norte Fluminense (Sindipetro/NF) e a Odebrecht tinham confirmado a primeira morte de um técnico de inspeções e calibração, de 28 anos.
De acordo com a Odebrecht, o também técnico em inspeções e calibragem
da empresa IMI (Instituto de Metrologia Industrial Ltda) tinha 44 anos e
estava internado no Hospital Municipal de Macaé, no interior do Rio. Em
nota, a empresa informou que está "prestando todo o apoio necessário à
família do trabalhador, assim como aos parentes dos outros colaboradores
envolvidos no acidente".
A explosão
A explosão no navio ocorreu às 7h48 desta sexta-feira (9). Segundo o
Sindipetro/NF, dois trabalhadores foram socorridos pela aeronave de
emergência e os outros dois passaram por avaliação médica inicial a
bordo da unidade, antes de serem levados para o hospital.
De acordo com a Petrobras, não houve incêndio. Segundo o Sindipetro/NF,
a explosão aconteceu durante manutenção em uma caldeira que não estava
operando. Ainda conforme o sindicato, o navio foi afretado pela
Odebrecht, que disse, por meio de nota enviada pela assessoria de
imprensa, que "as operações foram imediatamente paralisadas e uma
investigação já foi iniciada para apurar as causas do acidente".
Navio NS-32 (Norbe VIII) fica no Campo de Marlim, onde aconteceu a explosão na caldeira (Foto: Marine Traffic/Reprodução)
A Odebrecht afirma também que não houve dano ao meio ambiente e que as
análises preliminares indicam não haver dano estrutural à embarcação.
"As famílias dos trabalhadores e as autoridades competentes já foram
notificadas, diz a nota.
De acordo com o site Marine Traffic, no momento da explosão, o navio
seguia, no Campo de Marlim, em direção ao Porto do Açu, em São João da
Barra, no Norte Fluminense. O navio tem bandeira das Bahamas e foi
construído em 2011.
Em nota, a Petrobras informou que "o plano de emergência foi acionado
imediatamente e equipes especializadas estão monitorando a sonda, que já
se encontra em condição segura. A companhia investigará as causas do
acidente".
*Sob supervisão de Ariane Marques.
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