quinta-feira, 22 de junho de 2017

Transtorno do espectro autista: o que é, sintomas e tratamentos

Timidez, hiperatividade ou autismo? Dois milhões de famílias no Brasil convivem com o transtorno do espectro autista.

 
Timidez, hiperatividade ou autismo? Dois milhões de famílias no Brasil convivem com o transtorno do espectro autista. O Bem Estar desta quinta-feira (22) abordou o assunto com a psiquiatra do programa de autismo do Hospital das Clínicas de São Paulo Rosa Magaly Morais, que explicou a lei que exige um diagnóstico precoce. Quanto antes a criança for estimulada, melhor ela vai se desenvolver. A consultora e pediatra Ana Escobar falou sobre as habilidades dessas crianças. 

O Governo Federal sancionou a lei 13.438, que obriga o SUS a adotar um protocolo padronizado, com cerca de 20 perguntas, que avaliam os riscos ao desenvolvimento psíquico de crianças de até 18 meses; período em que o sistema nervoso está em formação. A lei vai evitar que o diagnóstico tardio comprometa o desenvolvimento das crianças. 

São perguntas simples, mas fundamentais para detectar doenças. Tudo isso pode e deve ser observado desde que a criança é só um bebê. São perguntas como: seu filho olha para você no olho por mais de um segundo ou dois? Seu filho sorri em resposta ao seu rosto ou ao seu sorriso? O seu filho imita você? 

Transtorno do espectro autistaÉ um transtorno de desenvolvimento da primeira infância em que ocorrem dificuldades na comunicação e interação social. Não há só um tipo de autismo, mas graduações dentro desse transtorno de desenvolvimento. Um espectro abrange diferentes gradações, intensidades. 

Os transtornos do espectro autista podem afetar todo o organismo e por isso serem confundidos com outros problemas isolados. As crianças podem ter convulsões, distúrbios do sono, ansiedade, transtornos alimentares, TDAH, distúrbios de linguagem. 
 
Crianças com transtorno do espectro autista têm direito a um tratamento com médicos especialistas, psicólogos, fonoaudiólogos e terapeutas ocupacionais que cuidem dos problemas físicos, da saúde mental e que também tenham preparo para ajudar a família a treinar novos comportamentos. A terapia comportamental é a intervenção com maior comprovação científica. 
 
Método ABAO método chamado ABA, sigla em inglês que significa ‘análise do comportamento aplicado’, é a terapia mais indicada para o tratamento do autismo, segundo a OMS. São cinco vezes por semanas, duas horas por dia, em casa mesmo. Em um dos exercícios, a criança tem que reconhecer objetos e formas iguais. Em outra atividade, aprende a diferença entre os animais. 

A diferença desta terapia está no acompanhamento rigoroso. “A gente sempre tem metas específicas iniciais, que são estabelecidas após avaliação. Depois essas metas são mensuradas durante toda a intervenção da criança. Nunca o resultado é genérico. A criança está falando mais, mas o que está falando? Isso tudo é mensurado”, explica a analista de comportamento Renata Michel. O método exige profissionais especializados, com base científica.
 

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