terça-feira, 11 de julho de 2017

Hospital britânico reavaliará caso de bebê doente após intervenções de Trump e papa

Hospital disse que solicitou a um tribunal britânico uma audiência sobre o caso de Charlie Gard à luz do anúncio de novos elementos.

Por France Presse
O hospital infantil britânico Great Ormond Street anunciou nesta sexta-feira (7) que reavaliará novas possibilidades para tratar um bebê gravemente doente após as intervenções do papa Francisco e do presidente americano, Donald Trump

O hospital londrino tinha previsto deixar de manter o bebê Charlie Gard vivo após uma decisão da Justiça contra à qual os pais se opuseram. Charlie tem 10 meses e sofre de uma doença genética rara e terminal. 

"Dois hospitais internacionais e seus pesquisadores nos indicaram nas últimas 24 horas que havia novos elementos para o tratamento experimental que propuseram", explicou o hospital em um comunicado. 

"Consideramos, assim como os pais de Charlie, que é justo explorar esses elementos", acrescentou. 

O hospital disse que solicitou a um tribunal britânico "uma audiência sobre o caso de Charlie Gard à luz do anúncio de novos elementos relacionados a um possível tratamento de sua doença". "Não é uma questão de dinheiro ou de recursos, trata-se unicamente do que é justo para Charlie", acrescentou a instituição. 

O hospital afirmou que os seus médicos "testaram todos os tratamentos médicos" e que outro tratamento "seria injustificável [...] e prolongaria o sofrimento de Charlie". "Nosso ponto de vista não mudou", acrescentou. 

"Acreditamos que seja justo contar com a opinião da Alta Corte sobre os supostos novos elementos". 

Espera-se que a audiência aconteça na segunda-feira, de acordo com a agenda da Alta Corte. 

Em abril, um tribunal britânico afirmou que os médicos deveriam interromper o tratamento que mantinha Charlie Gard vivo - ele sofre de uma rara doença genética e seu cérebro está muito prejudicado. 

O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TDH) ratificou a decisão. Os pais do bebê de 10 meses lutam para que o seu filho possa receber tratamento nos Estados Unidos. 

O tribunal decidiu que manter o bebê vivo somente prolongaria o seu sofrimento. A doença mitocondrial que o atinge deteriora os tecidos musculares. 

O Papa Francisco deu o seu apoio aos pais do bebê em suas tentativas de transferir o menino, enquanto o presidente Trump ofereceu ajuda.  

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