Hospital britânico reavaliará caso de bebê doente após intervenções de Trump e papa
Hospital disse que solicitou a um tribunal britânico uma audiência sobre o caso de Charlie Gard à luz do anúncio de novos elementos.
Por France Presse
O hospital infantil britânico Great Ormond Street anunciou nesta
sexta-feira (7) que reavaliará novas possibilidades para tratar um bebê
gravemente doente após as intervenções do papa Francisco e do presidente americano, Donald Trump.
O hospital londrino tinha previsto deixar de manter o bebê Charlie Gard vivo após uma decisão da Justiça contra à qual os pais se opuseram. Charlie tem 10 meses e sofre de uma doença genética rara e terminal.
"Dois hospitais internacionais e seus pesquisadores nos indicaram nas
últimas 24 horas que havia novos elementos para o tratamento
experimental que propuseram", explicou o hospital em um comunicado.
"Consideramos, assim como os pais de Charlie, que é justo explorar esses elementos", acrescentou.
O hospital disse que solicitou a um tribunal britânico "uma audiência
sobre o caso de Charlie Gard à luz do anúncio de novos elementos
relacionados a um possível tratamento de sua doença". "Não é uma questão
de dinheiro ou de recursos, trata-se unicamente do que é justo para
Charlie", acrescentou a instituição.
O hospital afirmou que os seus médicos "testaram todos os tratamentos
médicos" e que outro tratamento "seria injustificável [...] e
prolongaria o sofrimento de Charlie". "Nosso ponto de vista não mudou",
acrescentou.
"Acreditamos que seja justo contar com a opinião da Alta Corte sobre os
supostos novos elementos".
Espera-se que a audiência aconteça na
segunda-feira, de acordo com a agenda da Alta Corte.
Em abril, um tribunal britânico afirmou que os médicos deveriam
interromper o tratamento que mantinha Charlie Gard vivo - ele sofre de
uma rara doença genética e seu cérebro está muito prejudicado.
O Tribunal Europeu de Direitos Humanos (TDH) ratificou a decisão. Os
pais do bebê de 10 meses lutam para que o seu filho possa receber
tratamento nos Estados Unidos.
O tribunal decidiu que manter o bebê vivo somente prolongaria o seu
sofrimento. A doença mitocondrial que o atinge deteriora os tecidos
musculares.
O Papa Francisco deu o seu apoio aos pais do bebê em suas tentativas de
transferir o menino, enquanto o presidente Trump ofereceu ajuda.
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