Médica que se recusou a atender bebê no Rio é indiciada por homicídio doloso
Delegada diz que não foi pedida a prisão da médica que, em junho, disse não ter responsabilidade no caso. Ministério Público decide se mantém decisão da polícia.
Bebê morre depois que médica se negou a prestar socorro (Foto: Reprodução)
A médica Haydee Marques da Silva, que se recusou a atender o bebê Breno
Rodrigues Duarte da Silva na Zona Norte do Rio, foi indiciada nesta
segunda-feira (3) por homicídio doloso.
Segundo a delegada Isabelle Conti, da 16ª DP (Barra da Tijuca),
responsável pelo caso, não foi pedida a prisão preventiva da médica.
Agora, cabe ao Ministério Público apresentar a denúncia à Justiça.
Em 12 de junho, a médica Haydee disse que não tinha responsabilidade na morte do bebê Breno e
que ele não corria risco de vida. De acordo com o relato da médica, a
técnica em enfermagem teria informado que o quadro era de uma
gastroenteirite de uma criança de um ano com neuropatia.
"Estou triste e muito abalada pela criança ter morrido, mas não estou
arrependida porque não fiz nada de errado do código de conduta médica.
Eu pedi outra unidade, com pediatra para atendê-lo. Não sou pediatra,
não sou neurologista, pedi à outra unidade de ambulância para atender
esta criança. Disseram que a unidade estava indo”, disse a médica.
As câmeras de segurança do condomínio onde a criança morava mostraram,
na ocasião, que a ambulância da empresa Cuidar, terceirizada, chegou ao
local às 9h10. Mas a médica que aparece gesticulando e rasgando papéis
sequer desceu do carro. O veículo foi embora três minutos depois, sem atender o menino.
A criança morreu às 10h26, antes que a segunda
ambulância chegasse ao endereço.
Haydée possui ainda uma anotação criminal por agredir uma paciente, em
2010. O Conselho Regional de Medicina disse também que a médica já
sofreu uma sanção técnica, mas não explicou exatamente qual foi a
punição e nem por qual caso.
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