18/3/2016 às 00h20
Câncer é um mal muito mais fácil de ser prevenido do que tratado, diz especialista
Entre os fatores de risco, tabagismo é responsável por 20% das mortes por câncer no mundo
No Brasil, região sul é líder em fumantes, e tem câncer de pulmão como o segundo mais comum entre os homens
Divulgação / GDF
Este ano, 57.960 mil mulheres terão câncer de mama no Brasil. Entre os
homens brasileiros, 60.234 desenvolverão câncer de próstata. Ao todo,
596.000 pessoas serão diagnosticadas com os mais variados tipos da
doença: câncer no fígado, pulmões, colo do útero. E, aos que não desejam
entrar para esta estimativa, a recomendação dos médicos é categórica.
De acordo com Kimberly Miller, epidemiologista da American Cancer
Society, "o câncer é um mal muito mais fácil de ser prevenido do que
tratado".
Embora seja uma doença causada por uma variedade de elementos, muito dos fatores pontencializadores de risco para o câncer podem ser evitados. É o exemplo do tabagismo, que está associado a pelo menos 16 tipos de câncer, e que é responsável por 20% de todas as mortes por câncer em todo o mundo.
No Brasil, o câncer de pulmão ainda é um dos mais letais. Na região sul, por exemplo, onde há a maior prevalência de tabagismo no Brasil, ele é o segundo tipo mais incidente entre os homens, e o terceiro entre as mulheres.
Este e outros dados estão presentes na versão brasileira do Atlas do Câncer, publicação organizada pelo Hospital de Câncer de Barretos junto com a American Cancer Society, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e a União Internacional para Controle do Câncer. O livro, que conta com 60 autores de seis continentes, já existia em línguas como espanhol, francês, chinês, árabe e turco, e chega agora ao Brasil com conteúdo regional.
A epidemiologista Kimberly Miller, da American Cancer Society, explica que medidas de prevenção do câncer têm efeitos diretos sobre o controle da doença.
— Quando aumentamos em três vezes os impostos sobre os cigarros, causamos uma queda de 48% nos casos de câncer no período de 1989 a 2010. Isto é muito expressivo. Em relação ao câncer de colo de útero, por exemplo, as vacinas contra o HPV podem prevenir até 99% dos casos.
Em todo o mundo, as infecções são responsáveis por 2 milhões de novos casos de câncer por ano, somando 16,1% entre todos os tipos da doença. Esta associação é muito maior nas regiões menos desenvolvidas do mundo — na África Subsaariana, o número é de 32,7%. Só o HPV causa 28% dos cânceres associados a infecções no mundo, como, entre eles, os de colo de útero, vagina, ânus, pênis e orofaringe.
O Atlas do Câncer aponta, ainda, que a radiação ultravioleta, fatores hormonais, poluentes ocupacionais e ambientais e carcinógenos humanos (entre eles as bebidas alcoólicas, que causam 4% das mortes por câncer em todo o mundo) também carregam altas taxas de responsabilidade sobre o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
E, no topo da lista de fatores de risco, está a obesidade, que causa de 30% a 50% dos cânceres do endométrio, de 25% a 35% dos de esôfago e 15% dos cânceres de mama. No mundo, o número de indivíduos com sobrepeso e obesidade, com índice de massa corporal igual ou superior a 25, aumentou de 857 milhões em 1980 para 2,1 bilhões em 2013.
Embora seja uma doença causada por uma variedade de elementos, muito dos fatores pontencializadores de risco para o câncer podem ser evitados. É o exemplo do tabagismo, que está associado a pelo menos 16 tipos de câncer, e que é responsável por 20% de todas as mortes por câncer em todo o mundo.
No Brasil, o câncer de pulmão ainda é um dos mais letais. Na região sul, por exemplo, onde há a maior prevalência de tabagismo no Brasil, ele é o segundo tipo mais incidente entre os homens, e o terceiro entre as mulheres.
Este e outros dados estão presentes na versão brasileira do Atlas do Câncer, publicação organizada pelo Hospital de Câncer de Barretos junto com a American Cancer Society, a Agência Internacional de Pesquisa em Câncer e a União Internacional para Controle do Câncer. O livro, que conta com 60 autores de seis continentes, já existia em línguas como espanhol, francês, chinês, árabe e turco, e chega agora ao Brasil com conteúdo regional.
A epidemiologista Kimberly Miller, da American Cancer Society, explica que medidas de prevenção do câncer têm efeitos diretos sobre o controle da doença.
— Quando aumentamos em três vezes os impostos sobre os cigarros, causamos uma queda de 48% nos casos de câncer no período de 1989 a 2010. Isto é muito expressivo. Em relação ao câncer de colo de útero, por exemplo, as vacinas contra o HPV podem prevenir até 99% dos casos.
Em todo o mundo, as infecções são responsáveis por 2 milhões de novos casos de câncer por ano, somando 16,1% entre todos os tipos da doença. Esta associação é muito maior nas regiões menos desenvolvidas do mundo — na África Subsaariana, o número é de 32,7%. Só o HPV causa 28% dos cânceres associados a infecções no mundo, como, entre eles, os de colo de útero, vagina, ânus, pênis e orofaringe.
O Atlas do Câncer aponta, ainda, que a radiação ultravioleta, fatores hormonais, poluentes ocupacionais e ambientais e carcinógenos humanos (entre eles as bebidas alcoólicas, que causam 4% das mortes por câncer em todo o mundo) também carregam altas taxas de responsabilidade sobre o desenvolvimento de diversos tipos de câncer.
E, no topo da lista de fatores de risco, está a obesidade, que causa de 30% a 50% dos cânceres do endométrio, de 25% a 35% dos de esôfago e 15% dos cânceres de mama. No mundo, o número de indivíduos com sobrepeso e obesidade, com índice de massa corporal igual ou superior a 25, aumentou de 857 milhões em 1980 para 2,1 bilhões em 2013.
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