22/03/2016 14h45
- Atualizado em
22/03/2016 15h44
Estudo com 56 grávidas diz que 70% delas têm proteína ligada ao vírus zika
Pesquisa feita em 20 dias impressionou os médicos, que repetirão exames.
No polo de Jundiaí, 200 pesquisadores se envolveram com o estudo.
Em Jundiaí (SP), 70% das grávidas que participaram da pesquisa sobre o vírus da zika apresentaram uma proteína comum ao vírus de diversas doenças, entre elas dengue, a própria zika e a febre amarela. O resultado, que inclui 56 grávidas cujo sangue foi coletado, impressionou os médicos, que farão novos exames.
Depois de 20 dias de trabalho, o primeiro resultado serviu como alerta. "Existe uma preocupação com essa exposição ao vírus, não somente o zika, que pode ter uma repercussão na gravidez. Agora, nós vamos detalhar esses exames, ampliar para outros tipos de testes, como saliva e urina", explica Saulo Passos, coordenador do polo de pesquisa de Jundiaí.O grupo de pesquisadores pretende avançar e afinar o diagnóstico. Querem saber por que as mães tem essa proteína no sangue. Se já tiveram alguma dessas doenças ou se foram vacinadas contra a febre amarela. "Vão ser feitos novos exames para confirmação ou para exclusão do diagnóstico, já que pode ser semelhante para outras infecções por diferentes vírus", ressalta a infectologista e pesquisadora, Márcia Borges Machado.
No polo de Jundiaí, 200 pesquisadores estão envolvidos na pesquisa. Eles pretendem traçar a relação entre o vírus da zika e a microcefalia, uma malformação no cérebro dos bebês. Durante quatro anos, 500 mães serão acompanhadas.
Grávidas serão acompanhadas após exames
em Jundiaí (Foto: Reprodução/TV TEM)
em Jundiaí (Foto: Reprodução/TV TEM)
São gestantes de alto risco que não foram infectadas pelo vírus, outras
que tenham apresentado febre, vermelhidão pelo corpo e mal estar,
sintomas da doença. "Essas crianças serão acompanhadas agora com dois
meses, vão fazer todos os exames voltados a checar o desenvolvimento
neuropsicomotor, visão e da audição no setor da USP. Já tivemos o
primeiro bebê acompanhado. A criança teve zika, mas a criança nasceu
absolutamente normal e passa bem" ,comenta Saulo.
Os pesquisadores abriram mais uma possibilidade nos estudos. No primeiro trimestre deste ano, os bebês de quatro gestantes de Jundiaí que tiveram diagnóstico de microcefalia. Mas por enquanto ainda não está confirmada a relação entre o vírus da zika e a doença. "Essas mulheres que foram identificadas com exame positivo terão acompanhamento mensal de uma equipe especializada, além de apoio psicológico durante a gestação e trabalho de parto", finaliza o obstetra e pesquisador, Ricardo Tedesco.
Os pesquisadores abriram mais uma possibilidade nos estudos. No primeiro trimestre deste ano, os bebês de quatro gestantes de Jundiaí que tiveram diagnóstico de microcefalia. Mas por enquanto ainda não está confirmada a relação entre o vírus da zika e a doença. "Essas mulheres que foram identificadas com exame positivo terão acompanhamento mensal de uma equipe especializada, além de apoio psicológico durante a gestação e trabalho de parto", finaliza o obstetra e pesquisador, Ricardo Tedesco.
Pesquisa feita em 20 dias impressionou os médicos, que repetirão exames (Foto: Reprodução/TV TEM)
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