19/3/2016 às 00h20
Minas registra mais de 2.500 acidentes com escorpiões em dois meses
Entre janeiro e fevereiro, duas pessoas morreram no Estado
Acidentes com escorpiões são mais comuns no período chuvosoTadeu Mamede/Funed
No início deste ano, uma moradora de Lavras, no sul de Minas Gerais, capturou mais de 20 escorpiões amarelos em sua casa. O caso ganhou repercussão nacional, mas, segundo o Corpo de Bombeiros, ocorrências envolvendo esses animais peçonhentos não são tão raros assim, especialmente durante o período de chuva.
Dados da SES (Secretaria de Estado de Saúde) apontam que, somente nos meses de janeiro e fevereiro deste ano, foram registrados 2.543 acidentes com escorpiões em Minas e duas pessoas morreram. No ano passado, o Estado registrou 20.777, dos quais 36 resultaram em morte.
Segundo a bióloga da SES, Michele da Conceição Martins, o escorpião pode viver em ambientes urbanos com facilidade. Entre seus esconderijos favoritos estão entulhos, restos de construção e depósitos de lixo. Por isso, é importante manter os imóveis sempre limpos para evitar risco de acidentes.
— É preciso limpar o quintal e jardins, mover ou eliminar os materiais de construção, deixar o lixo bem fechado e não acumular entulhos.
A especialista também sugere posicionar camas e berços a uma distância de dez centímetros da parede e não deixar a roupa de cama encostada no chão, pois os animais podem se esconder sob elas
— Como os escorpiões se alimentam de baratas, os ralos e sacos de lixo também podem servir de esconderijo. É preciso vedar a abertura de ralos e pias com uma tela e armazenar o lixo adequadamente.
De acordo com o médico toxicologista Délio Campolina, o veneno do escorpião é bastante perigoso e age rapidamente no corpo, especialmente em crianças e adolescentes com menos de 14 anos. Em alguns casos, como já citados anteriormente, a picada pode ser fatal e, por isso, em caso de acidente, a recomendação é procurar ajuda médica rapidamente.
— Em crianças a picada pode ser fatal e recomendamos que após o acidente a vítima seja levada a um hospital, de preferência que tenha o soro.
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