22/03/2016 12h01
- Atualizado em
22/03/2016 12h19
Piracicaba registra mais 2 casos de vírus da zika em gestantes, diz Saúde
Com as novas confirmações, município soma 5 grávidas contaminadas.
Três pacientes já tiveram os bebês e nenhum deles teve microcefalia.
Aedes aegypti é transmissor de dengue, zika e chikungunya (Foto: Reprodução: TV Globo)
Piracicaba (SP) confirmou, na manhã desta terça-feira (22), mais dois casos de vírus da zika em gestantes.A doença é transmitida pelo Aedes aegypti, que também é vetor da dengue e da chikungunya. As mulheres têm 29 e 17 anos e moram, respectivamente, nos bairros Tatuapé e Novo Horizonte, segundo a Prefeitura.
Com mais esses dois casos, subiu para cinco o número de pessoas com o vírus no município.
A Secretaria Municipal de Saúde informou que os dois casos são acompanhados pela Prefeitura. A mulher de 29 anos já teve o bebê. Ele nasceu no dia 25 de fevereiro e sem microcefalia (diminuição do perímetro do crânio e do cérebro) ou qualquer outra alteração, segundo a pasta.
A outra grávida, de 17 anos, está na 19ª semana de gestação e realizou ultrassom obstétrico na segunda-feira (21), com resultado normal. A administração municipal contou ainda que a paciente será submetida a ultrassom morfológico no dia 30 de março, quando estiver na idade gestacional de 20 semanas.
Até esta terça-feira, outros 138 pacientes com suspeita da doença são investigados na cidade e aguardam resultados de exames.
Grávida diagnosticada com vírus da zika
em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)
em Piracicaba (Foto: Reprodução/EPTV)
Gestantes
Todos os casos de vírus da zika registrados em Piracicaba são em gestantes e autóctones, ou seja, foram contraídos no município. Das cinco gestantes com a doença, três já tiveram os bebês. Nenhuma das crianças nasceu com microcefalia. “As demais apresentaram exames de ultrassom normais e são acompanhadas pela Secretaria de Saúde”, afirmou a pasta.
A terceira gestante com o vírus da zika foi confirmada pela Prefeitura no início do mês. A paciente é moradora da região Leste e teve os primeiros sintomas em janeiro, quando estava na 35ª semana de gestação. A criança nasceu no dia 26 de fevereiro.
O segundo caso foi confirmado pela administração no dia 15 de fevereiro, em uma grávida com idade entre 15 e 20 anos, moradora da região da Vila Cristina, mesmo bairro onde houve o primeiro registro da doença, no dia 29 de janeiro. Na época, as pacientes estavam no quinto mês de gravidez e no sétimo, respectivamente.
Manchas avermelhadas
As gestantes que apresentam exantema (manchas avermelhadas) na pele são monitoradas pela Secretaria de Saúde, que orienta todas as grávidas nessa condição a procurarem imediatamente a unidade de saúde mais próxima, informou a Prefeitura.
De acordo com a secretaria, o município acompanha atualmente 51 gestantes com exantema por meio de um esquema específico de atendimento a grávidas nessa condição e a crianças que venham a ter microcefalia, conforme Pacto pela Redução da Mortalidade Infantil em Piracicaba, que monitora mães e bebês mesmo após o nascimento.
Sintomas
Os sintomas do vírus da zika são: manchas vermelhas grandes e de alto relevo pela pele, que podem estar acompanhadas de febre, dor articular, coceira e olhos avermelhados. A pessoa que perceber alguns dos sintomas, principalmente as manchas, deve procurar o serviço de saúde para uma avaliação.
O que se sabe sobre a doença, a partir dos casos registrados no Brasil e também na Polinésia Francesa, é que ela pode causar lesões neurológicas, como encefalite (inflamação no cérebro), que causa confusão mental e alteração do nível de consciência.
Também pode causar lesões medulares, como a mielite (inflamação na medula espinhal), que provoca paralisia nos membros.
Relação com a microcefalia
De acordo com o Ministério da Saúde, os casos de contaminação por vírus da zika são a "principal hipótese" para explicar o aumento da ocorrência de microcefalia no país.
Até o dia 16 de março foram notificados 6.480 casos suspeitos pelo Brasil. Desse total, 863 foram confirmados, 1.349 foram descartados e 4.268 permanecem sob investigação.
O ministério investiga ainda a relação do vírus com 40 mortes de bebês com microcefalia. A doença é uma condição rara em que o bebê nasce com o crânio do tamanho menor do que o normal. A malformação é diagnosticada quando o perímetro da cabeça é igual ou menor do que 32 centímetros – o esperado é que bebês nascidos após nove meses de gestação tenham pelo menos 33 centímetros.
Fonte: http://g1.globo.com/sp/piracicaba-regiao/noticia/2016/03/piracicaba-registra-mais-2-casos-de-virus-da-zika-em-gestantes-diz-saude.html
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