10/06/2016 05h00
- Atualizado em
10/06/2016 05h00
Falta de informação sobre remédios põe grávidas em risco, alerta estudo
Grávidas deixam de tomar medicamentos que seriam seguros na gravidez.
Pesquisa que ouviu mais de mil grávidas revelou medo exagerado.
Grávidas não recebem informação suficiente sobre uso de medicamentos durante a gravidez, segundo estudo (Foto: TV Globo)
A ideia de que usar qualquer tipo de medicamento durante a gravidez traz riscos tem feito mulheres evitarem tomar remédios que, na verdade, são seguros. A conclusão é de um estudo feito pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, que ouviu 1.120 mulheres.O principal problema em relação a esse medo excessivo de medicamentos durante a gravidez é quando ele impede que mulheres recebam tratamento adequado para infecções do trato urinário, o que pode trazer complicações.
"Queríamos saber como essas crenças e medos afetam o consumo de remédios, se eles impedem que mulheres tomem medicamentos que são, na verdade, seguros", afirma o pesquisador Michael Twigg, um dos autores do estudo.
O levantamento questionou as mulheres sobre quais problemas de saúde tinham tido durante a gravidez, como dores, insônia, náusea, infecções do trato urinário e resfriado. Além disso, perguntou se consideravam o uso de medicamentos durante a gravidez mais prejudicial do que benéfico e se tinham deixado de tomar alguma medicação durante a gestação.
Entre as conclusões, o estudo constatou que muitas mulheres acreditam que tomar paracetamol para combater a dor durante a gravidez é arriscado, o que não corresponde à realidade. Além disso, 72% das entrevistadas afirmaram que deliberadamente deixaram de usar certos medicamentos durante a gravidez, como paracetamol, medicamentos para resfriado e tosse e descongestionantes nasais por medo de prejudicarem o bebê.
Infecção sem tratamento
"Uma das coisas mais preocupantes que descobrimos foi que muitas mulheres que tiveram uma infecção do trato urinário não tomaram medicação. Se não tratadas, as infecções do trato urinário podem provocar complicações significativas e prejudicar o feto", afirmou Twigg.
"O que isso nos mostra é que as mulheres precisam de mais informações sobre a segurança do uso de medicamentos durante a gravidez para encorajá-las a tratar as condições de forma efetiva. Entender as preocupações das mulheres também é essencial para promover a adesão a medicamentos prescritos durante a gravidez", completou.
A pesquisa foi publicada este mês na revista "International Journal of Clinical Pharmacy".
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/06/falta-de-informacao-sobre-remedios-poe-gravidas-em-risco-alerta-estudo.html
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