quinta-feira, 16 de junho de 2016

16/06/2016 07h00 - Atualizado em 16/06/2016 07h00

Infecção tardia de zika durante gravidez tem menos risco, diz estudo

Mais de 600 bebês de mães com zika nasceram sem malformação.
Pesquisa foi realizada na Colômbia e foi publicada nesta quarta.

   Mulher grávida segura uma rede para proteção contra mosquitos em Cali, na Colômbia, em 10 de fevereiro: zika já afetou mais de 5 mil mulheres no país (Foto:  AFP Photo/Luis Robayo) 

Mulher grávida segura uma rede para proteção contra mosquitos em Cali, na Colômbia (Foto: AFP Photo/Luis Robayo)

Estudo publicado pelo “The New England Jounal of Medicine” nesta quarta-feira (15) concluiu que infecções tardias pelo vírus da zika em grávidas - no terceiro trimestre da gestação - trazem menos risco aos bebês.

Os pesquisadores dizem não ter encontrado defeitos congênitos evidentes em 616 bebês de mães que apresentaram os sintomas causados pelo vírus da zika. Todas as gestantes estavam no terceiro trimestre da gravidez.

A epidemiologista e autora do relatório, Margaret Honein, dos Centros de Controle e Prevenção de Doenças dos EUA (CDC, na sigla em inglês), alertou que os dados publicados ainda são preliminares.

No entanto, segundo ela, dados de outros países também sugerem que o vírus é mais perigoso para o feto no início da gravidez. “É um pouco reconfortante”, disse à revista “Science”. “Mas isso não é de definitivo”, completou.

Depois do Brasil, a Colômbia, local onde foi realizada a pesquisa, tem o maior número de casos de infecção pelo vírus da zika. Desde agosto de 2015, as autoridades de saúde do país dizem ter registrado mais de 65 mil casos suspeitos.

“Os novos dados da Colômbia são interessantes, mas devem ser tratados com cautela”, disse Nikolaos Vasilakis, virologista da Universidade do Texas. Segundo ele, a precisão para detectar e diagnosticar o vírus da zika ainda é um grande desafio, porque os sintomas podem ser confundidos com os de outras doenças comuns, como a dengue e chikungunya.

No Brasil, o número de notificações do vírus da zika passa de 127 mil, segundo Ministério da Saúde. A malformação mais comum decorrente da infecção é a microcefalia, que atinge o bebê ainda durante a gravidez.

Recentemente, pesquisadores confirmaram que os fetos infectados desenvolvem uma série de problemas em várias regiões do corpo, como o cérebro e os olhos, causando deficiências auditivas, visuais e nos membros.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/06/infeccao-tardia-de-zika-durante-gravidez-tem-menos-risco-diz-estudo.html

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