2/6/2016 às 07h42 (Atualizado em 2/6/2016 às 12h16)
Tratamento para vítima de estupro é só de redução de dano, diz psicoterapeuta
Medo de atrair homens e contração involuntária da vagina são alguns dos traumas comuns
"Não tem como apagar um estupro", disse a especialista
Getty Images
Da rejeição do próprio corpo ao desregramento sexual, os traumas
provocados podem manifestar-se de diversas formas. Mas, de acordo com a
psicoterapeuta sexual Imacolada Marino Gonçalves, que atua em São Paulo
no atendimento de mulheres violentadas, eles sempre existem. "Toda
agressão deixa sequela, imagina contra o próprio corpo. O tratamento é
só de redução de dano, mas não tem como apagar um estupro."
Imacolada destaca que, nos casos de estupro de vulnerável, a maior parte das vítimas está em processo de transição do corpo infantil para o de mulher. "Muitas passam a apresentar dificuldades na mudança. Quando começam a transformação, manifestam medo de chamar atenção e atrair homens", diz. "Há casos de meninas que usam faixas para esconder os seios ou param de comer para o corpo não assumir forma de mulher."
Como consequência de abusos sofridos, a psicoterapeuta sexual afirma que é comum haver casos de vaginismo — contração involuntária da musculatura que impede o ato sexual. Vítimas de estupro podem apresentar, ainda, dificuldade de relacionamento e falta de confiança nos parceiros. "Mas cada caso é um caso. Há quem se jogue em relações sexuais e chegue até a se prostituir", afirma.
Agressor
Segundo Imacolada, em muitos casos, o autor do estupro também foi vítima de abusos sexuais na infância.
"Para nós é uma perversão. Mas para o funcionamento psíquico do agressor, não", diz. "Na maioria das vezes, a criança é molestada por um ente querido, então pode atribuir o sentido de que o estupro é uma forma de obter carinho."
Fonte: http://noticias.r7.com/cidades/tratamento-para-vitima-de-estupro-e-so-de-reducao-de-dano-diz-psicoterapeuta-02062016
Imacolada destaca que, nos casos de estupro de vulnerável, a maior parte das vítimas está em processo de transição do corpo infantil para o de mulher. "Muitas passam a apresentar dificuldades na mudança. Quando começam a transformação, manifestam medo de chamar atenção e atrair homens", diz. "Há casos de meninas que usam faixas para esconder os seios ou param de comer para o corpo não assumir forma de mulher."
Como consequência de abusos sofridos, a psicoterapeuta sexual afirma que é comum haver casos de vaginismo — contração involuntária da musculatura que impede o ato sexual. Vítimas de estupro podem apresentar, ainda, dificuldade de relacionamento e falta de confiança nos parceiros. "Mas cada caso é um caso. Há quem se jogue em relações sexuais e chegue até a se prostituir", afirma.
Agressor
Segundo Imacolada, em muitos casos, o autor do estupro também foi vítima de abusos sexuais na infância.
"Para nós é uma perversão. Mas para o funcionamento psíquico do agressor, não", diz. "Na maioria das vezes, a criança é molestada por um ente querido, então pode atribuir o sentido de que o estupro é uma forma de obter carinho."
Fonte: http://noticias.r7.com/cidades/tratamento-para-vitima-de-estupro-e-so-de-reducao-de-dano-diz-psicoterapeuta-02062016
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