2.6.16
Mais da metade das famílias não doam órgãos de parentes
O médico Leonardo Borges de Barros e Silva, informa que os motivos para a recusa pela família são diversos: desde crenças religiosas que impedem a realização da doação até o desconhecimento e não aceitação da morte encefálica, o que faz muitos familiares acreditarem que a condição do ente querido com o corpo quente e o coração batendo seja um indicativo de que ele sobreviverá.
Mais da metade das famílias não doam órgãos de parentes |
“Entretanto, o diagnóstico de morte encefálica – conhecida também como morte cerebral – é irreversível, ou seja, o paciente perde todas as funções que mantêm a sua vida, como a consciência e capacidade de respirar. O coração permanece batendo e os demais órgãos funcionando. Com exceção das córneas, pele, ossos, vasos e valvas do coração, é somente nessa situação que os órgãos podem ser utilizados para transplante”, observa o especialista.
Autorização da doação de órgãos
O consentimento informado é a forma oficial de manifestação à doação. A retirada de tecidos, órgãos e partes do corpo de pessoas falecidas para transplantes ou outra finalidade terapêutica dependem da autorização do cônjuge ou parente maior de idade, obedecida a linha sucessória, firmado em documento subscrito por duas testemunhas presentes à verificação da morte.“Evidentemente, a manifestação em vida da pessoa a favor da doação de seus órgãos e tecidos para transplante pode favorecer o consentimento após a morte, mas, de acordo com a lei, é a vontade da família que deve prevalecer”, explica o médico Leonardo Borges de Barros e Silva.desempenho da região Nordeste”, conta Maria de Lourdes de Freitas Veras, Coordenadora da Central de Notificação, Captação e Distribuição de Órgãos (CNCDO) do Piauí.
SERVIÇOGesto de herói
Com objetivo de conscientizar a população sobre a importância da doação de órgãos e, principalmente, colocar esse tema em pauta nas discussões familiares para reduzir a taxa de recusa, o Ministério da Saúde, em parceria com a Fundação Faculdade de Medicina da USP, realiza o Projeto “Gesto de Herói – o poder de doar vida”.
A exposição itinerante, que já passou pelas cidades de Rio Branco (AC), Manaus (AM) e Belém (PA), na região Norte do Brasil, acontecerá durante o ano de 2016 em mais sete capitais – contando com Teresina – nas regiões Nordeste e Centro-Oeste do país, onde a taxa de recusa familiar também é alta.
A partir do dia 3 de junho, o estande do Projeto ficará disponível por dez dias no Teresina Shopping, para que a população piauiense possa esclarecer as principais dúvidas relacionadas à doação e transplante de órgãos.
Além da exibição de depoimentos reais de familiares de doadores falecidos e transplantados, os visitantes contarão com painéis explicativos sobre o processo e, ainda, a presença de especialistas nessa temática para responder perguntas.
Com entrada gratuita, o Projeto “Gesto de Herói – o poder de doar vida” percorrerá ainda os estados de Goiás, Maranhão, Mato Grosso do Sul, Paraíba, Rio Grande do Norte e Sergipe.
Projeto “Gesto de Herói – o poder de doar vida”
Quando: 3 a 12 de junho de 2016Onde: Teresina Shopping - Av. Raul Lopes, 1000, Bairro dos Noivos - Teresina/PI
Realização: Ministério da Saúde e Fundação Faculdade de Medicina da USP
CNCDO Piauí
Coordenadora: Maria de Lourdes de Freitas Veras
Telefone: (86) 3221-7553 / 3216-3553
E-mail: cncdopi@saude.pi.gov.br
Fonte: Leonardo Borges de Barros e Silva, coordenador da Organização de Procura de Órgãos do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP)
Fonte: http://www.saudecomciencia.com/2016/06/familias-nao-doam-orgaos-de-parentes.html?utm_source=feedburner&utm_medium=feed&utm_campaign=Feed%3A+saudecomciencia+%28saudecomciencia%29
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