terça-feira, 14 de junho de 2016

13/06/2016 10h29 - Atualizado em 13/06/2016 10h29

Pesquisa traz esperança para tratar câncer de mama mais agressivo

Composto JQ1 altera reação de célula cancerígena a falta de oxigênio.
Situação de falta de oxigênio é mais comum em câncer triplo-negativo.

 Câncer de mama triplo-negativo é a forma mais agressiva de câncer de mama e o único tipo de tumor de mama que ainda não tem uma terapia-alvo; estudo demonstram que um inibidor de JAK2 como uma possível terapia específica (Foto: C. Bickel/Science Translational Medicine) 

Estudo traz esperança para tratamento de câncer de mama mais difícil de tratar, o triplo-negativo (Foto: C. Bickel/Science Translational Medicine)

Um grupo de pesquisadores do Cancer Research UK descobriu um medicamento que pode reduzir a expansão do tipo mais agressivo de câncer de mama, segundo publicou nesta segunda-feira (13) a revista "Oncogene".

O composto conhecido como JQ1 altera a reação das células cancerígenas perante a hipoxia, ou falta de oxigênio, um processo que se encontra presente em mais de 50% dos tumores e é mais comum nos cânceres de mama do tipo triplo negativo, o mais difícil de tratar.

Cientistas das universidades de Oxford e Nottingham (no centro da Inglaterra) concluíram em seu estudo que o JQ1 faz com que o tecido cancerígeno deixe de adaptar-se à carência de oxigênio, o que desacelera seu desenvolvimento.

O coautor da pesquisa, Alan McIntyre, afirmou que "o tratamento da hipoxia às vezes compromete o tratamento do câncer de mama e o JQ1 pode ser a chave para ajudar às pacientes desta doença".

Quando este tipo de tumor se acostuma aos níveis baixos de oxigênio, sua biologia se altera e se torna resistente a tratamentos comuns, razão pela qual este novo remédio poderia mudar a forma de combater este câncer, segundo os pesquisadores.

Nell Barrie, do Cancer Research UK, ressaltou que "o estudo mostra como funciona este fármaco", que "poderia ser uma forma de deter a expansão do câncer", embora ressalte que agora se deve examinar "a efetividade do JQ1 sobre os pacientes".

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2016/06/pesquisa-traz-esperanca-para-tratar-cancer-de-mama-mais-agressivo.html

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