15/06/2016 19h30
- Atualizado em
15/06/2016 19h30
DF confirma 252 casos de dengue em uma semana, e 15,4 mil desde janeiro
Acumulado é 88,4% maior que o mesmo período de 2015, aponta relatório.
Balanço também aponta 119 casos de chikungunya e 170 de vírus da zika.
Mosquito Aedes aegypti, transmissor de dengue, chikungunya, zika e febre amarela (Foto: Felipe Dana/AP)
Apesar do frio e da escassez de chuvas, o Distrito Federal confirmou 252 novos casos de dengue entre os dias 6 e 13 deste mês. Boletim divulgado nesta quarta-feira (15) pela Secretaria de Saúde aponta 15.419 pacientes com a infecção confirmada no DF desde o dia 1º de janeiro – 88,4% a mais que o registrado no mesmo período de 2015.O relatório aponta que os 252 novos casos, na comparação com o boletim anterior, se referem aos últimos 30 dias mas ainda não tinham sido notificados oficialmente. Quatro novos casos graves também foram informados. Desde janeiro, 25 pacientes tiveram a modalidade conhecida como "dengue hemorrágica" e 12 morreram pela doença.
De acordo com os critérios da Organização Mundial de Saúde (OMS), 22 das 31 regiões administrativas do DF têm quadro suficiente, desde janeiro, para que a situação seja considerada "epidemia". A OMS usa o termo quando há mais de 300 casos para cada 100 mil habitantes, mas não define um período definido para o cálculo.
Brazlândia, Candangolândia, Ceilândia, Fercal, Itapoã, Lago Norte, Lago Sul, Núcleo Bandeirante, Paranoá, Planaltina, Recanto das Emas, Riacho Fundo I e II, Samambaia, São Sebastião, Scia (Estrutural), SIA, Sobradinho I e II, Taguatinga, Varjão e Vicente Pires estão dentro do quesito em 2016.
Zika e chikungunya
O relatório também lista os casos de contaminação no DF pelos vírus chikungunya e da zika, que também são transmitidos pelo Aedes aegypti. Entre 1º de janeiro e 13 de junho, foram confirmados 119 casos de chikungunya – oito a mais que o boletim anterior – e 170 casos de zika – mesmo número divulgado há uma semana.
As duas doenças só começaram a surgir no DF no segundo semestre de 2015 e, por isso, não há como fazer a comparação com o ano anterior. As regiões de Taguatinga, Asa Norte, Águas Claras, Lago Norte e Asa Sul lideram no número de ocorrências do vírus da zika, que atingiu 20 gestantes residentes na capital.
A febre chikungunya é uma doença viral com sintomas parecidos com a dengue e transmitida pelos mesmos mosquitos, os Aedes aegypti e o albopictus. Entre eles estão dores fortes, principalmente, nas articulações, de cabeça e musculares, manchas vermelhas na pele e febre repentina e intensa, acima de 39 °C.
A recomendação em ambos os casos é de repouso absoluto e ingestão de líquidos em abundância. A automedicação é perigosa, porque pode mascarar sintomas, dificultar o diagnóstico e agravar o quadro da doença.
Como ainda não existe vacina contra o vírus, o melhor método de prevenção está no combate à proliferação dos mosquitos transmissores. As recomendações são as mesmas já conhecidas para o combate à dengue: evitar água parada em baldes, vasos de plantas, ralos e outros recipientes.
Já a zika é caracterizada por manchas, mesmo com ausência de febre. "Podem vir aquelas manchas vermelhas pelo corpo e olhos vermelhos mesmo sem ter febre. O problema é que, apesar da pouca mortalidade, se a pessoa contrair durante o período que está grávida pode dar problemas na criança", diz a médica infectologista Rita Uchoa.
Fonte: http://g1.globo.com/distrito-federal/noticia/2016/06/df-confirma-252-casos-de-dengue-em-uma-semana-e-154-mil-desde-janeiro.html
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