domingo, 18 de junho de 2017

Segunda-feira, 12/06/2017, às 07:54,

Teste do Pezinho: uma declaração de amor ao seu filho

Qual a novidade em relação ao Teste do Pezinho?
Você pode se fazer esta pergunta ao ler este texto. Afinal, quase todo mundo sabe o que é o teste do pezinho: é um teste feito na maternidade, nos primeiros dias de vida, no pezinho do bebê, para diagnosticar precocemente algumas doenças. Tudo certo. Mas não é só isso. É muito mais. Vamos entender a real dimensão e importância deste teste para o futuro da vida do bebê que acaba de nascer.

Quantos tipos de Teste do Pezinho existem?
Há 3 tipos de testes do pezinho: o Básico, o Ampliado e o Super. O Básico detecta 6 importantes doenças. É gratuito e é um direito de todos. O Ampliado detecta 10 doenças e o Super  detecta até 48 doenças. Os testes ampliado e o super não são gratuitos e têm suas indicações específicas, orientadas pelo médico, para algumas famílias. Todos estes testes são realizados pela APAE de São Paulo.

O Teste do Pezinho é um direito de todo bebê?
Sim. TODO bebê deve colher o sangue para fazer o teste. É um direito adquirido, posto que a qualidade de vida futura daquela pessoa que acaba de nascer pode depender do resultado do teste. Importante saber que é um dever dos pais garantir este teste para seus filhos. Algumas doenças detectadas pelo teste podem levar à deficiência intelectual se forem diagnosticadas tardiamente. O diagnóstico precoce dá à criança a possibilidade de tratamento antes que o quadro se estabeleça. Por isso é um direito adquirido de todo bebê que nasceu.


O teste do pezinho é feito no sangue ou no pezinho?
Em ambos. Isso significa que o teste é feito com uma gota de sangue que é colhida em um “furinho” feito por uma agulha no calcanhar do bebê. A gota de sangue que sai do “furinho” é absorvida em um papel filtro tipo “mata–borrão”. Este “papel filtro” com o sangue do bebê é então encaminhado para o laboratório, onde é analisado.

O teste do pezinho pode ser feito em qualquer época?
NÃO. E isso é muito importante. O teste deve ser colhido entre o 2º e o 5º dias de vida do bebê. É essencial que este período de coleta seja respeitado. Quanto mais rápido o diagnóstico das doenças que o teste do pezinho pode detectar, melhor para o futuro e a saúde do bebê.

Porque o teste deve ser feito entre o 2º e o 5º dias de vida?
Muitas das doenças detectadas no Teste do Pezinho levam à deficiência intelectual. A chance de detecção destas doenças é maior até o quinto dia de vida. A deficiência intelectual pode acontecer se aquele bebê receber, por exemplo, tipos específicos de nutrientes que podem prejudicar o desenvolvimento do seu cérebro. Estes nutrientes   devem ser excluídos definitivamente de sua alimentação. Por isso, quanto antes o tratamento for corretamente indicado, menor o comprometimento do bebê e, consequentemente, do futuro adulto.

E os bebês que não fizeram o Teste do Pezinho na maternidade?
Bebês que nasceram em casa ou que por quaisquer razões não realizaram o teste na Maternidade devem ser levados por seus pais ou responsáveis, de preferência entre o segundo e quinto dias de vida, a um posto de coleta. Importante lembrar que depois do sétimo dia de vida a chance de detecção destas doenças diminui bastante.

O teste do meu filho veio positivo. E agora?
Em primeiro lugar, é importante salientar que aproximadamente 3 a 5% dos testes são positivos na primeira coleta, posto que muito fatores podem interferir nos resultados como, por exemplo, receber antibióticos nos primeiros dias de vida.  Por isso, muitas crianças são reconvocadas para uma segunda coleta. Se, no entanto, o teste confirmar positivo, o bebê deve ser encaminhado para ambulatórios especiais ou centros de referência, onde a família receberá todas as orientações necessárias.

Importante saber que doenças precocemente detectadas no Teste do Pezinho tem prognóstico excelente desde que tratadas precocemente.

O Teste do Pezinho é um direito de toda criança que nasce e um dever dos pais. Quem não realiza o teste pode estar condenando o próprio filho a uma vida de restrição intelectual irreversível, que poderia ser evitada.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/teste-do-pezinho-uma-declaracao-de-amor-ao-seu-filho.html 

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