Uma a cada cinco crianças vive na pobreza nos países ricos, aponta Unicef
Classificação inclui 41 países da UE e foi elaborada com base em nove dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos pela ONU em 2015.
/s.glbimg.com/jo/g1/f/original/2014/10/21/000_del6362493.jpg)
Criança brinca com uma pipa nos arredores de Herat, no Afeganistão (Foto: Aref Karimi / AFP Photo)
Uma a cada cinco crianças nos países ricos vive na pobreza, segundo um
relatório da Unicef publicado nesta quinta-feira (15), que estabelece
uma classificação sobre o bem-estar infantil.
Dois países do norte da Europa - Alemanha e Suíça - lideram em termos
de progresso social em favor das crianças, enquanto Romênia, Bulgária e
Chile encerram a lista, segundo a Unicef, que observa que os três
últimos têm renda per capita menor.
Este não é o caso de Estados Unidos (37º entre 41 países) ou da Nova
Zelândia (34º), o que revela que "renda nacional elevada não basta para
garantir bons resultados em termos de bem-estar para as crianças",
destaca o relatório elaborado pelo centro de pesquisas Innocenti da
Unicef.
Eslovênia, na nona posição, supera amplamente países mais ricos em vários indicadores.
A classificação inclui 41 países da União Europeia (UE) e foi elaborada
com base em nove dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável definidos
em 2015 pela ONU, como redução da pobreza e da fome, e promoção da
saúde, bem-estar e educação.
Em média, uma a cada cinco crianças (21%) nestes 41 países de "alta
renda" vive na pobreza, apesar de grandes desigualdades: uma a cada dez
na Dinamarca e Islândia, enquanto na Espanha (16ª posição) o índice é de
30,5%, no México (38º), 31,6%, e no Chile, 25,5%.
Obesidade
A obesidade em crianças com entre 11 e 15 anos, que "constitui
igualmente uma forma de má nutrição", cresce na grande maioria destes
países.
A taxa de mortalidade neonatal (durante as quatro primeiras semanas de
vida) foi reduzida nos últimos anos, mas Canadá, Estados Unidos, Chile,
México, Bulgária e Turquia ainda apresentam índices superiores à média
de 2,8 mortes por mil nascimentos.
Os países do sul da Europa (Portugal, Itália e Espanha) apresentam os
índices mais baixos de suicídio entre adolescentes e a Nova Zelândia, o
mais elevado. No geral, esta taxa caiu nos últimos anos na maioria
destes países.
Também há uma clara redução da embriaguez entre os adolescentes a
partir de 2010, assim como no índice de natalidade neste grupo.
Finalmente, inclusive em países com os melhores resultados em educação,
como Estônia, Japão, Finlândia e Canadá, quase um a cada cinco alunos
de até 15 anos não tem um nível de competência mínimo em leitura,
matemática e ciências.
Nenhum comentário :
Postar um comentário