segunda-feira, 3 de julho de 2017

República Democrática do Congo declara fim do surto de ebola

País se declarou livre do ebola após 42 dias sem nenhum novo caso. Quatro pessoas morreram por causa do vírus. 

Imagem do vírus ebola observado em um microscópio eletrônico (Foto: Frederick Murphy/CDC via AP) 
Imagem do vírus ebola observado em um microscópio eletrônico (Foto: Frederick Murphy/CDC via AP) 
 
O ministro de Saúde Pública da República Democrática do Congo (RDC), Oly Ilunga Kalenga, declarou neste sábado o fim do surto de ebola que afetou a província de Bas-Uele, no norte do país, onde morreram quatro pessoas por causa do vírus. 

O país se declarou livre do ebola após os 42 dias regulamentares sem observar nenhum novo caso e o ministro assegurou à imprensa que a decisão cumpre com as normas sanitárias de vigilância do vírus. 

Segundo o titular, a epidemia de febre hemorrágica viral (FHV) que se declarou em Likati (Bas-Uele) em 11 de maio causou a morte de quatro pessoas, e além disso há outros cinco casos confirmados de contágio. 

Outras 583 pessoas que entraram em contato com o vírus testaram negativo nos exames, declarou o ministro. 

Desde 2 de junho, não foi registrado nenhum novo caso confirmado, uma vitória que o ministro atribuiu aos serviços do Ministério de Saúde com o apoio da Organização Mundial da Saúde (OMS), Unicef, o Programa Mundial de Alimentos e a missão da ONU no país, Monusco. 

O ministério aproveitou a ocasião para elogiar o trabalho de todos os profissionais desdobrados na zona afetada e "o seu trabalho para ajudar a nação". 

O último surto de ebola aconteceu em Bas-Uele, uma das províncias mais remotas do nordeste do país, a 1,4 mil quilômetros da capital, Kinshasa, e a mais de 350 quilômetros do centro urbano mais próximo, algo que fez temer sobre a capacidade logística para fazer frente à epidemia. 

As autoridades reguladoras da RDC aprovaram o protocolo para uma possível vacinação. 

No entanto, a OMS descartou no final de maio o uso da vacina experimental contra o ebola dado que no momento só havia dois casos confirmados em laboratório. 

A OMS alertou em reiteradas ocasiões que até que não haja nenhum caso e se tenha superado o período de extrema vigilância de 90 dias, o perigo do ressurgimento da doença segue patente. 

Libéria, Guiné e Serra Leoa foram os países mais afetados pela última epidemia de ebola na África ocidental, que surgiu em dezembro de 2013 e depois se expandiu aos dois países vizinhos. 

Em quase dois anos, a epidemia deixou 29.607 infectados, dos quais 11.314 morreram. 

Nenhum comentário :

Postar um comentário