14/11/2015 09h12
- Atualizado em
14/11/2015 09h41
Estado Islâmico reivindica ataques em Paris que mataram mais de 120
Comunicado afirma que ataques foram 'cuidadosamente estudados'.
Mais de 120 pessoas morreram na capital francesa nesta sexta-feira (13).
Muitos inocentes mortos em ataques terroristas e brasileiros ficaram feridos. Que tragédia!!! Lamentável...
O grupo radical Estado Islâmico reivindicou nesta sábado (14) a responsabilidade por ataques que mataram mais de 120 pessoas em Paris. É o pior ataque à França na história recente.
Civil com rosa na mão conversa com policial na Rua de Charonne em Paris, neste sábado (14) (Foto: AFP)
Em uma declaração oficial, o grupo disse que seus combatentes presos a
cintos com explosivos e carregando metralhadoras realizaram os ataques
em vários locais no centro da capital francesa que foram cuidadosamente
estudados.
"Oito irmãos com explosivos na cintura e fuzis fizeram vítimas em lugares escolhidos previamente e que foram escolhidos minunciosamente no coração de Paris, no estádio da França, na hora do jogo dos dois países França e Alemanha, que eram assistidos pelo imbecil François Hollande, o Bataclan onde se estavam reunidos centenas de idolatras em uma festa de perversidade assim como outros alvos no 10º arrondissement e isso tudo simultaneamente. Paris tremou sob seus pés e as ruas se tornaram estreitas para eles. O resultado é de no mínimo 200 mortos e muitos mais feridos. A gloria e mérito pertencem a Alá”, diz o comunicado.
Mais cedo, o presidente da França, François Hollande, já havia dito em uma declaração à nação que os atentados da noite de sexta-feira (13) em Paris "são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França", de acordo com informações de agências internacionais.
Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados "no exterior da França" e que contaram com "cúmplices no interior" do país.
O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram, detonando explosivos que três deles tinham em seus cintos. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico "The Guardian", que antes de entrar no local os homens dispararam tiros de metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan.
A emissora de TV BFM e o jornal Liberation, que cita o procurador de Paris, François Molins, dizem que cinco terroristas foram "neutralizados" no total. Agências internacionais de notícias, no entanto, informam que 8 terrositas morreram, dos quais 7 se suicidaram.
Também foram registrados tiroteios em outros pontos da cidade e explosões perto do Stade de France, durante um amistoso entre as seleções da França e Alemanha.
O jornal “Le Monde” diz que uma fonte judicial especificou onde aconteceram as mortes desta sexta, em um balanço provisório: uma pessoa morreu no boulevard Voltaire; 19 morreram e 14 ficaram feridas em frente ao bar La Belle Equipe, na Rue de Charonne; 78 ou 79 pessoas morreram no Bataclan (entre elas três ou quatro terroristas); cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas na Rue de la Fontaine au Roi; de 12 a 14 morreram e dez ficaram feridas no bar Carillon, na Rue Allibert; e dois homens morreram nas explosões próximas ao Stade de France, ambos suicidas que provocaram as detonações.
A polícia invadiu o Bataclan às 21h40 (horário de Brasília), após relatos de que pessoas estariam sendo executadas. Dois terroristas foram mortos na ação. Dez minutos antes da invasão, a Reuters afirmava que foram ouvidas cinco explosões perto do local.
Por volta da 1h30 (22h30, em Brasília), o presidente francês François Hollande chegou ao local, onde permaneceu por cerca de meia hora. “Há muitos feridos, feridos graves, feridos chocados com o que viram”, disse o presidente, ao justificar porque quis ir ao local. “Quando os terroristas estão dispostos a cometer tais atrocidades, eles devem saber que irão encarar uma França determinada”, acrescentou. “Iremos conduzir a luta (contra os terroristas), e ela será implacável”, garantiu.
A casa fica no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement, tem capacidade para 1.500 pessoas e era palco de um show da banda Eagles of the Death Metal.
A banda, que na hora do início do ataque terminava o show no palco do Bataclan, escapou do palco pelos bastidores e está a salvo, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. “Quando eles ouviram os tiros eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali”, explicou Dorio.
O jornal também citou o relato de um jornalista da "Europe1", que
estava no interior do Bataclan nesta noite: "Vários indivíduos armados
entraram no meio do show", afirmou. "Dois ou três indivíduos não
mascarados entraram com armas automáticas do tipo kalachnikov e
começaram a atirar no público". O jornalista disse, ainda, que a ação
durou de 10 a 15 minutos e que os atiradores eram jovens.
Um usuário do Facebook postou que estava dentro da casa de shows
Bataclan. “Feridos graves! Estão atacando mais rápido. Há sobreviventes
no interior. Eles estão assassinando todo mundo. Um por um. No primeiro
andar, rápido!”, escreveu Benjamin Cazenoves. Em seguida ele postou que
há "cadáveres por todo lado". "É um massacre".
O repórter Julien Pearce estava no Bataclan como espectador do show. Em entrevista à CNN, ele contou como conseguiu escapar da casa de shows. Segundo ele, no momento em que os terroristas
começaram a atirar no público, ele teve a ideia de se fingir de morto. "Falei para as pessoas deitarem e se passarem por mortos. Nós esperamos até que eles recarregassem as armas, então corremos e achamos uma pequena sala onde nos escondemos", explicou ele.
Pearce não explicou quantas pessoas estavam com ele nessa sala, mas disse que ela não dava passagem para fora do edifício, então o grupo esperou dentro da sala até que os atiradores esvaziassem novamente as armas.
"Então esperamos cerca de cinco segundos. Eles começaram a atirar, e depois nós corremos de novo. Foi então que eu vi o corpo de uma mulher, ela tinha levado dois tiros. Eu a levantei e nós corremos juntos", contou a testemunha. Já na rua, Pearce conseguiu parar um táxi e foi com a mulher até o hospital. "Não sei se ela sobreviveu, ela estava sangrando muito."
Segundo o repórter, a segurança na entrada do show não era rígida. “Eu entreguei o ingresso e entrei. Ninguém me revistou. A segurança era muito pobre”, disse ele.
Ao jornal "Le Figaro", uma testemunha contou que viu dois homens armados entrarem no Bataclan. "Eles estavam armados, vestidos normalmente: eles atiraram no exterior e no interior da sala", afirmou a testemunha.
Uma testemunha do ataque disse à rádio France Info que os atiradores dispararam contra o público gritando “Alá Akbar” (“Alá é grande”). “Eu e minha mãe conseguimos fugir do Batacla (...), evitamos os disparos, havia muita gente por todas as partes no solo”, disse o jovem chamado Louis. “Uns indivíduos chegaram, começaram a disparar na entrada. Dispararam contra a multidão gritando ‘Alá Akbar’, acho que com espingardas”.
Restaurante
Charlotte Brehaut é uma britânica que saiu para jantar com um amigo perto da casa em mora, em Paris. “Estava com um amigo e sentamos bem na janela de onde os tiros vieram, e eles não atingiram nenhum de nós”, explicou ela à CNN. Charlotte estima que cerca de 40 pessoas estavam no local.
“Fui jantar com meu amigo, de repente ouvimos um monte de tiros, e muitos cacos de vidro vindo da janela, então nos jogamos no chão com os outros clientes. Então ouvimos mais tiros, e muitos pedaços afiados de viro atingiam as pessoas no chão”, contou ela, que estima que o ataque durou entre dois ou três minutos, “mas pareceu muito mais longo”.
Charlotte diz que acredita ter visto pessoalmente entre três ou quatro pessoas com “feridas fatais”. “Eu estava segurando a mão de uma mulher. Quando comecei a perguntar para as pessoas se elas estavam bem, foi então que percebi que ela tinha sido ferida fatalmente. Ela foi atingida no peito”, disse ela. A jovem não sabe dizer se a mulher estava ou não viva, por causa do choque e da confusão. “Estava segurando a mão dela, alguém me perguntou se ela estava respirando, e eu olhei para ela e vi uma poça de sangue do lado dela. Eu achei que ela talvez estivesse consciente, mas as pessoas estavam em choque, então não sei.”
Estado de emergência
François Hollande afirmou em declaração em rede nacional na sexta-feira que está declarado estado de emergência em toda a França e que os controles nas fronteiras seriam reforçados. A presidência também anunciou que 1.500 soldados serão enviados a Paris.
O vice-prefeito de Paris, Patrick Krugman, afirmou que vários ataques aconteceram ao mesmo tempo. Ele disse que houve "entre seis e sete locais de ataques no centro de Paris e fora.
EM RESUMO
- Explosões próximo ao Stade de France, em Paris, durante jogo entre as seleções da França e Paris
- Pelo menos três tiroteios aconteceram em outros pontos da cidade
- A prefeitura parisiense afirmaram que há 112 mortos, sendo 70 deles na casa de espetáculos Bataclan. A polícia fala que há dezenas de feridos em outros pontos da cidade
- Obama se pronunciou a favor da França dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido
- O presidente da França, François Hollande, declarou em rede nacional que o país vai declarar estado de emergência e que os controles nas fronteiras serão reforçados.
- Cinco linhas de metrô de Paris foram fechadas
- Segundo a assessoria do Itamaraty, há dois brasileiros feridos nos atentados
- Polícia francesa invadiu a sala de concertos do Bataclan e mata terroristas
- O vice-prefeito de Paris afirmou que houve "entre seis e sete locais de ataques no centro de Paris e fora"
Alerta
A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas.
Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
Segundo a BBC, um homem usando uma arma automática abriu fogo no restaurante Petit Cambodge no 10º arrondissement, deixando ao menos sete feridos. A Reuters afirma que duas pessoas morreram ali.
Um repórter do "Liberation" que estava no local disse ter visto ao
menos quatro corpos no chão. Já o repórter da BBC contou dez pessoas
deitadas, sem conseguir identificar se estariam mortas ou feridas.
Diversas ambulâncias já chegaram.
Um segundo tiroteio teve como cenário o bar "Le Carillon", segundo o Liberation. Na sequência, outro tiroteio foi registrado no 11º arrondissement.
Explosões no estádio
A BBC, o Liberation e o "Le Monde" afirmam também que houve três explosões do lado de fora do Stade de France. O presidente francês, François Hollande, foi retirado do estádio por segurança levado à sede do Ministério do Interior, onde acompanha o caso. A agência France Presse diz que ao menos uma das explosões foi um ataque suicida.
Após o final do jogo, o público começou a ser liberado lentamente.
O presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento em que disse que a situação é “ultrajante” e que os EUA farão o que for possível para ajudar a França. “Faremos o que for necessário pra trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para buscar justiça”, disse. “Não quero especular no momento quem é o responsável até que sejamos informados pelas autoridades francesas que a situação está sob controle”.
Obama disse ainda que o que aconteceu foi "um ataque contra toda a humanidade".
"Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados", afirmou Obama, dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu em seu Twitter uma mensagem em que diz: "Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que for possível para ajudar".
Segundo a Reuters, oficiais de segurança dos EUA acreditam que os ataques de Paris sejam coordenados. Já o vice-prefeito de Paris afirmou que ainda é cedo para saber se os ataques foram coordenados, mas que isso não pode ser descartado.
Rita Katz, diretora do SITE Intelligence Group, grupo de monitoramento do terrorismo, postou em seu perfil no Twitter que há especulações de que o Estado Islâmico esteja por trás dos ataques em Paris devido ao envolvimento da França em bombardeios contra o grupo na Síria.
Katz citou duas mensagens que teriam sido divulgadas em “canais do Estado Islâmico”. Uma delas diz: “Lembrem-se, lembrem-se do dia 14 de novembro #Paris. Eles nunca vão esquecer esse dia, assim como o 11 de Setembro para os americanos”.
A outra afirma: “A França envia suas aeronaves com bombas para a Síria diariamente e mata crianças e idosos, hoje está bebendo do próprio veneno”.
Katz disse ainda que adeptos do Estado Islâmico estão celebrando os ataques na França e ameaçam: “Esse é apenas o começo. Esperem até os istishhadis (suicidas) chegarem em seus carros”. Ela citou também outra mensagem em canais do Estado Islâmico: “França: à medida que você mata você está sendo morta”; “Nós estamos chegando, França”.
Ameaça
O hotel Molitor de Paris, onde está hospedada a seleção alemã de futebol, foi esvaziado ao final da manhã desta sexta devido a um alerta de bomba. Os jogadores alemães foram levados para outro hotel. Uma equipe especializada em explosivos esteve no local.
"Oito irmãos com explosivos na cintura e fuzis fizeram vítimas em lugares escolhidos previamente e que foram escolhidos minunciosamente no coração de Paris, no estádio da França, na hora do jogo dos dois países França e Alemanha, que eram assistidos pelo imbecil François Hollande, o Bataclan onde se estavam reunidos centenas de idolatras em uma festa de perversidade assim como outros alvos no 10º arrondissement e isso tudo simultaneamente. Paris tremou sob seus pés e as ruas se tornaram estreitas para eles. O resultado é de no mínimo 200 mortos e muitos mais feridos. A gloria e mérito pertencem a Alá”, diz o comunicado.
Mais cedo, o presidente da França, François Hollande, já havia dito em uma declaração à nação que os atentados da noite de sexta-feira (13) em Paris "são um ato de guerra do Estado Islâmico contra a França", de acordo com informações de agências internacionais.
Além disso, Hollande afirmou que os ataques foram organizados "no exterior da França" e que contaram com "cúmplices no interior" do país.
O chefe de polícia de Paris, Michel Cadot, afirmou que, quando a polícia invadiu o local, quatro terroristas se suicidaram, detonando explosivos que três deles tinham em seus cintos. Ele afirmou ainda, segundo o jornal britânico "The Guardian", que antes de entrar no local os homens dispararam tiros de metralhadoras em cafés que ficam do lado de fora do Bataclan.
A emissora de TV BFM e o jornal Liberation, que cita o procurador de Paris, François Molins, dizem que cinco terroristas foram "neutralizados" no total. Agências internacionais de notícias, no entanto, informam que 8 terrositas morreram, dos quais 7 se suicidaram.
Também foram registrados tiroteios em outros pontos da cidade e explosões perto do Stade de France, durante um amistoso entre as seleções da França e Alemanha.
O jornal “Le Monde” diz que uma fonte judicial especificou onde aconteceram as mortes desta sexta, em um balanço provisório: uma pessoa morreu no boulevard Voltaire; 19 morreram e 14 ficaram feridas em frente ao bar La Belle Equipe, na Rue de Charonne; 78 ou 79 pessoas morreram no Bataclan (entre elas três ou quatro terroristas); cinco pessoas morreram e oito ficaram feridas na Rue de la Fontaine au Roi; de 12 a 14 morreram e dez ficaram feridas no bar Carillon, na Rue Allibert; e dois homens morreram nas explosões próximas ao Stade de France, ambos suicidas que provocaram as detonações.
A polícia invadiu o Bataclan às 21h40 (horário de Brasília), após relatos de que pessoas estariam sendo executadas. Dois terroristas foram mortos na ação. Dez minutos antes da invasão, a Reuters afirmava que foram ouvidas cinco explosões perto do local.
Por volta da 1h30 (22h30, em Brasília), o presidente francês François Hollande chegou ao local, onde permaneceu por cerca de meia hora. “Há muitos feridos, feridos graves, feridos chocados com o que viram”, disse o presidente, ao justificar porque quis ir ao local. “Quando os terroristas estão dispostos a cometer tais atrocidades, eles devem saber que irão encarar uma França determinada”, acrescentou. “Iremos conduzir a luta (contra os terroristas), e ela será implacável”, garantiu.
A casa fica no boulevard Voltaire, no 11º arrondissement, tem capacidade para 1.500 pessoas e era palco de um show da banda Eagles of the Death Metal.
A banda, que na hora do início do ataque terminava o show no palco do Bataclan, escapou do palco pelos bastidores e está a salvo, segundo afirmou o irmão de um dos membros, Michael Dorio. O irmão dele, Julian Dorio, é o baterista do grupo. Em entrevista à CNN, Michael disse que os músicos chegaram a ver os atiradores, mas encerraram o show quando notaram o ataque e fugiram. “Quando eles ouviram os tiros eles apenas correram para o backstage. Ele me disse que viu os atiradores, mas não ficou por ali”, explicou Dorio.
Homem é
socorrido após tiroteio perto do Bataclan, conhecida sala de espetáculos
de Paris, na França (Foto: Christian Hartmann/Reuters)
O repórter Julien Pearce estava no Bataclan como espectador do show. Em entrevista à CNN, ele contou como conseguiu escapar da casa de shows. Segundo ele, no momento em que os terroristas
começaram a atirar no público, ele teve a ideia de se fingir de morto. "Falei para as pessoas deitarem e se passarem por mortos. Nós esperamos até que eles recarregassem as armas, então corremos e achamos uma pequena sala onde nos escondemos", explicou ele.
Pearce não explicou quantas pessoas estavam com ele nessa sala, mas disse que ela não dava passagem para fora do edifício, então o grupo esperou dentro da sala até que os atiradores esvaziassem novamente as armas.
"Então esperamos cerca de cinco segundos. Eles começaram a atirar, e depois nós corremos de novo. Foi então que eu vi o corpo de uma mulher, ela tinha levado dois tiros. Eu a levantei e nós corremos juntos", contou a testemunha. Já na rua, Pearce conseguiu parar um táxi e foi com a mulher até o hospital. "Não sei se ela sobreviveu, ela estava sangrando muito."
Segundo o repórter, a segurança na entrada do show não era rígida. “Eu entreguei o ingresso e entrei. Ninguém me revistou. A segurança era muito pobre”, disse ele.
Ao jornal "Le Figaro", uma testemunha contou que viu dois homens armados entrarem no Bataclan. "Eles estavam armados, vestidos normalmente: eles atiraram no exterior e no interior da sala", afirmou a testemunha.
Uma testemunha do ataque disse à rádio France Info que os atiradores dispararam contra o público gritando “Alá Akbar” (“Alá é grande”). “Eu e minha mãe conseguimos fugir do Batacla (...), evitamos os disparos, havia muita gente por todas as partes no solo”, disse o jovem chamado Louis. “Uns indivíduos chegaram, começaram a disparar na entrada. Dispararam contra a multidão gritando ‘Alá Akbar’, acho que com espingardas”.
Corpos
de mortos em ataque a tiros no restaurante La Belle Equipe são vistos
entre mesas, com sangue na calçada em frente ao estabelecimento em Paris
(Foto: Anne Sophie Chaisemartin via AP)
Charlotte Brehaut é uma britânica que saiu para jantar com um amigo perto da casa em mora, em Paris. “Estava com um amigo e sentamos bem na janela de onde os tiros vieram, e eles não atingiram nenhum de nós”, explicou ela à CNN. Charlotte estima que cerca de 40 pessoas estavam no local.
“Fui jantar com meu amigo, de repente ouvimos um monte de tiros, e muitos cacos de vidro vindo da janela, então nos jogamos no chão com os outros clientes. Então ouvimos mais tiros, e muitos pedaços afiados de viro atingiam as pessoas no chão”, contou ela, que estima que o ataque durou entre dois ou três minutos, “mas pareceu muito mais longo”.
Charlotte diz que acredita ter visto pessoalmente entre três ou quatro pessoas com “feridas fatais”. “Eu estava segurando a mão de uma mulher. Quando comecei a perguntar para as pessoas se elas estavam bem, foi então que percebi que ela tinha sido ferida fatalmente. Ela foi atingida no peito”, disse ela. A jovem não sabe dizer se a mulher estava ou não viva, por causa do choque e da confusão. “Estava segurando a mão dela, alguém me perguntou se ela estava respirando, e eu olhei para ela e vi uma poça de sangue do lado dela. Eu achei que ela talvez estivesse consciente, mas as pessoas estavam em choque, então não sei.”
Estado de emergência
François Hollande afirmou em declaração em rede nacional na sexta-feira que está declarado estado de emergência em toda a França e que os controles nas fronteiras seriam reforçados. A presidência também anunciou que 1.500 soldados serão enviados a Paris.
O vice-prefeito de Paris, Patrick Krugman, afirmou que vários ataques aconteceram ao mesmo tempo. Ele disse que houve "entre seis e sete locais de ataques no centro de Paris e fora.
EM RESUMO
- Explosões próximo ao Stade de France, em Paris, durante jogo entre as seleções da França e Paris
- Pelo menos três tiroteios aconteceram em outros pontos da cidade
- A prefeitura parisiense afirmaram que há 112 mortos, sendo 70 deles na casa de espetáculos Bataclan. A polícia fala que há dezenas de feridos em outros pontos da cidade
- Obama se pronunciou a favor da França dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido
- O presidente da França, François Hollande, declarou em rede nacional que o país vai declarar estado de emergência e que os controles nas fronteiras serão reforçados.
- Cinco linhas de metrô de Paris foram fechadas
- Segundo a assessoria do Itamaraty, há dois brasileiros feridos nos atentados
- Polícia francesa invadiu a sala de concertos do Bataclan e mata terroristas
- O vice-prefeito de Paris afirmou que houve "entre seis e sete locais de ataques no centro de Paris e fora"
Alerta
A polícia emitiu um alerta, pedindo que os parisienses não deixem suas casas, "a não ser em caso de absoluta necessidade". Lugares públicos devem reforçar a segurança nas entradas e acolher aqueles que estiverem em necessidade. A polícia também ordenou que se interrompam as manifestações e eventos em áreas externas.
Em Paris, os hospitais entraram em "Plano Branco", um estado de emergência e crise, segundo o "Le Monde". Cinco linhas de metrô tiveram seus serviços interrompidos.
Segundo a BBC, um homem usando uma arma automática abriu fogo no restaurante Petit Cambodge no 10º arrondissement, deixando ao menos sete feridos. A Reuters afirma que duas pessoas morreram ali.
O presidente da França, François Hollande, fala sobre os ataques simultâneos em Paris (Foto: Reprodução/Reuters)
Um segundo tiroteio teve como cenário o bar "Le Carillon", segundo o Liberation. Na sequência, outro tiroteio foi registrado no 11º arrondissement.
Explosões no estádio
A BBC, o Liberation e o "Le Monde" afirmam também que houve três explosões do lado de fora do Stade de France. O presidente francês, François Hollande, foi retirado do estádio por segurança levado à sede do Ministério do Interior, onde acompanha o caso. A agência France Presse diz que ao menos uma das explosões foi um ataque suicida.
Após o final do jogo, o público começou a ser liberado lentamente.
O presidente americano Barack Obama fez um pronunciamento em que disse que a situação é “ultrajante” e que os EUA farão o que for possível para ajudar a França. “Faremos o que for necessário pra trabalhar com os franceses e as nações ao redor do mundo para buscar justiça”, disse. “Não quero especular no momento quem é o responsável até que sejamos informados pelas autoridades francesas que a situação está sob controle”.
Obama disse ainda que o que aconteceu foi "um ataque contra toda a humanidade".
"Aqueles que acham que podem aterrorizar o povo da França e os valores que eles representam estão errados", afirmou Obama, dizendo que os EUA estão prontos para ajudar a França a "responder" ao ocorrido.
O primeiro-ministro britânico, David Cameron, escreveu em seu Twitter uma mensagem em que diz: "Estou chocado pelos eventos em Paris nesta noite. Nossos pensamentos e orações estão com os franceses. Faremos o que for possível para ajudar".
Segundo a Reuters, oficiais de segurança dos EUA acreditam que os ataques de Paris sejam coordenados. Já o vice-prefeito de Paris afirmou que ainda é cedo para saber se os ataques foram coordenados, mas que isso não pode ser descartado.
Rita Katz, diretora do SITE Intelligence Group, grupo de monitoramento do terrorismo, postou em seu perfil no Twitter que há especulações de que o Estado Islâmico esteja por trás dos ataques em Paris devido ao envolvimento da França em bombardeios contra o grupo na Síria.
Katz citou duas mensagens que teriam sido divulgadas em “canais do Estado Islâmico”. Uma delas diz: “Lembrem-se, lembrem-se do dia 14 de novembro #Paris. Eles nunca vão esquecer esse dia, assim como o 11 de Setembro para os americanos”.
A outra afirma: “A França envia suas aeronaves com bombas para a Síria diariamente e mata crianças e idosos, hoje está bebendo do próprio veneno”.
Katz disse ainda que adeptos do Estado Islâmico estão celebrando os ataques na França e ameaçam: “Esse é apenas o começo. Esperem até os istishhadis (suicidas) chegarem em seus carros”. Ela citou também outra mensagem em canais do Estado Islâmico: “França: à medida que você mata você está sendo morta”; “Nós estamos chegando, França”.
Ameaça
O hotel Molitor de Paris, onde está hospedada a seleção alemã de futebol, foi esvaziado ao final da manhã desta sexta devido a um alerta de bomba. Os jogadores alemães foram levados para outro hotel. Uma equipe especializada em explosivos esteve no local.
Equipe de resgate carrega um ferido perto da casa de espetáculos Bataclan, em Paris (Foto: Christian Hartmann/Reuters)
Público no campo do Stade de France após a série de ataques (Foto: Michel Euler/AP)
Policiais orientam as pessoas em frente ao Stade de France após ataque (Foto: Michel Euler/AP)
Corpos
de vítimas de tiroteio foram cobertos na calçada em frente a um
restaurante de Paris, na França (Foto: Philippe Wojazer/Reuters)
Fonte: http://g1.globo.com/mundo/noticia/2015/11/estado-islamico-reivindica-ataques-em-paris.html
15/11/2015 às 12h27 (Atualizado em 15/11/2015 às 12h31)
IMAGEM FORTE: Foto mostra casa de show após ataque que matou 89 pessoas em Paris
Bataclán estava lotada quando os terroristas invadiram o local
O grupo radical Estado Islâmico assumiu a autoria dos atentados em Paris
Reprodução/Mirror
O site do jornal britânico The Mirror divulgou neste domingo (15) uma
foto da casa de shows Bataclán, após o ataque terrorista da sexta-feira
(13) que matou pelo menos 89 pessoas.
De acordo com a publicação, durante o show do Eagles of Death Metal havia cerca de 1.500 espectadores. A invasão dos terroristas surpreendeu a todos que estavam no local e vídeos da tragédia mostram tiros enquanto a banda estava se apresentando.
Na imagem divulgada hoje é possível ver o rastro de destruição e morte deixado pelos radicais do Estado Islâmico.
Neste domingo (15), a polícia francesa continuou as buscas por pistas que levem aos responsáveis dos atentados que mataram mais de 120 pessoas na noite de sexta-feira (13).
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/imagem-forte-foto-mostra-casa-de-show-apos-ataque-que-matou-89-pessoas-em-paris-15112015
De acordo com a publicação, durante o show do Eagles of Death Metal havia cerca de 1.500 espectadores. A invasão dos terroristas surpreendeu a todos que estavam no local e vídeos da tragédia mostram tiros enquanto a banda estava se apresentando.
Na imagem divulgada hoje é possível ver o rastro de destruição e morte deixado pelos radicais do Estado Islâmico.
Neste domingo (15), a polícia francesa continuou as buscas por pistas que levem aos responsáveis dos atentados que mataram mais de 120 pessoas na noite de sexta-feira (13).
Fonte: http://noticias.r7.com/internacional/imagem-forte-foto-mostra-casa-de-show-apos-ataque-que-matou-89-pessoas-em-paris-15112015
13/11/2015 às 19h50 (Atualizado em 14/11/2015 às 16h47)
Terrorismo: série de atentados deixa pelo menos 129 mortos em Paris
Tiroteios e explosões ocorreram no nordeste de Paris e no estádio da França, em Saint-Denis
Ataques simultâneos em Paris nesta sexta-feira (13) deixaram pelo menos
129 mortos e 352 feridos, 99 deles em estado grave. Por mais de uma
hora, centenas de pessoas foram feitas reféns por terroristas na casa de
espetáculos Le Bataclán, onde três homens abriram fogo e mataram ao
menos cem vítimas. Na foto, um ferido recebe atendimento do lado de fora
da casa de shows. Um local próximo ao Estádio de França, em
Saint-Denis, cidade vizinha de Paris, foi alvo de explosões,
possivelmente uma ação de três homens-bomba.
Na ação da polícia na casa de espetáculos Le Bataclán, onde cerca de cem pessoas morreram, três terroristas teriam sido abatidos.
O grupo radical Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques em Paris.
Na foto, multidão deixa o local após o ataque.
O grupo radical Estado Islâmico assumiu a autoria dos ataques em Paris.
Na foto, multidão deixa o local após o ataque.
A banda de rock Eagles of Death Metal, que fez show na casa noturna Le
Bataclán, escapou do atentado na noite desta sexta. O ataque, que
aconteceu uma hora depois da apresentação, terminou com um massacre.
Na foto, mulher é socorrida perto da casa de espetáculos.
Na foto, mulher é socorrida perto da casa de espetáculos.
O presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, prometeu apoio à França
após a série de atentados, mas disse que ainda não sabe os detalhes do
que aconteceu nem dos possíveis responsáveis. Obama não hesitou contudo
em classificar os atos como terroristas. Disse também que o momento é de
cautela e que ainda há perigo.
Na foto, corpo em calçada próxima da casa de shows onde ocorreu um massacre.
Na foto, corpo em calçada próxima da casa de shows onde ocorreu um massacre.
Dois brasileiros ficaram feridos na série de atentados,
segundo informou a embaixada do Brasil na França. Um deles foi operado e
teria perdido muito sangue. O outro sofreu ferimentos, mas não corre
risco de morte.
As fronteiras da França foram fechadas e o presidente François Hollande decretou situação de emergência.
Sob emergência, estágio que não era decretado na França desde
2005, o governo francês passa a ter poderes para fechar lugares e
restringir a circulação.
Na foto, uma vítima ferida em um dos ataques é socorrida.
Na foto, uma vítima ferida em um dos ataques é socorrida.
O primeiro ataque ocorreu
por volta das 21h20. Dois atiradores abriram fogo contra os restaurantes Petit
Cambodge e Le Carrillion, no 10º arrondissement, região nordeste da capital.
Um dos primeiros atentados de
que se teve notícia ocorreu próximo aos escritórios do Charlie Hebdo, onde um atentado
matou 11 pessoas em janeiro passado. Após esse ataque, outros três ocorreram em
um raio de 3 km, entre o 10º e o 11º arrondissement. Também houve explosões no
Estádio da França, na cidade de Saint-Denis Sur Seine, ao norte de Paris, onde o
presidente François Hollande acompanhava partida entre França e Alemanha. Ele
foi retirado do local.
O restaurante Le Carrillion foi alvo da série de atentados simultâneos na capital francesa.
A cidade de Paris entrou em Alerta Vermelho.
A presidente Dilma Rousseff manifestou na noite desta sexta-feira (13), por meio de sua conta no Twitter, indignação com os ataques terroristas que deixaram dezenas de mortos em Paris.
“Consternada pela barbárie terrorista, expresso meu repúdio à violência
e manifesto minha solidariedade ao povo e ao governo francês”, disse a
presidente. Na foto, bombeiros fizeram atendimento a vítimas da série de
atentados.
Durante a noite de sexta-feira, Paris
entrou em estado de guerra, mais de 1.500 soldados ocuparam as ruas da cidade.
Bombeiros tentaram acalmar pessoas que estavam no local.
Equipes de emergência aguardavam instruções da polícia para atuar.
Pessoas que estavam em um
dos restaurantes alvo de ataque em Paris acompanharam o trabalho de equipes de socorro.
A polícia reforçou a segurança em local próximo à casa de espetáculos
onde pessoas foram feitas reféns.
Bombeiros também trabalharam para a segurança da casa de shows.
Foi registrado também um ataque na esquina da rua Charonne com a rua Faidherb.
A polícia estava do lado de fora no momento da ocorrência. Bombeiros já chegaram ao local para tratar dos feridos.
O criminoso, ainda de identidade desconhecida, entrou em um restaurante disparando uma metralhadora Kalashnikov.
A polícia e os bombeiros foram rapidamente ao local para socorrer as vítimas.
Outro incidente ocorreu perto do Stade de France, onde França e Alemanha faziam um amistoso de futebol.
Uma explosão obrigou o presidente francês François Hollande deixar às pressas o local, por razões de segurança.
A multidão deixa o estádio com medo de novas explosões.
Os policiais trabalharam para não haver tumulto na saída do estádio.
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