Em experimento, célula-tronco cura enrijecimento de músculo do coração
Camundongos com falência cardíaca diastólica apresentaram melhora.
Cientistas já obtiveram autorização para pesquisa com voluntários humanos.
Um experimento que usou as células-tronco para tratar camundongos obteve sucesso em tratar a falência diastólica, um problema cardíaco relativamente comum, mas difícil de tratar.
A doença, caracterizada pelo enrijecimento dos músculos do coração que atrapalha o bombeamento de sangue, regrediram algumas semanas após os roedores serem submetidos ao tratamento experimental.
O trabalho, realizado por médicos do Centro Médico Cedars-Sinai, de Los Angeles, foi aceito para publicação pela revista médica "JACC", da Academia Americana de Cardiologia.
As células-tronco, material usado no teste, são conhecidas por serem comuns em embriões e formam estruturas genéricas no organismo que depois se especializam em diferentes tipos de tecidos especializados.
Manipulando-as de maneira correta, cientistas têm conseguido aos poucos usá-las para regenerar tecidos, um campo de pesquisa que cresceu muito na última década.
Usando células-tronco adultas, tiradas em pequeno número do tecido cardíaco dos roedores e depois multiplicadas em culturas de laboratório, os cientistas criaram o material que depois foi implantado nas cobaias.
O estudo, que usou uma linhagem especial de camundongos com falência cardíaca, dividiu 68 animais em dois grupos. Metade deles recebeu as injeções com células-tronco, outra metade recebeu apenas placebo.
Quatro semanas depois, os roedores no grupo que recebeu o tratamento haviam conseguido normalizar as funções cardíacas, enquanto o outro grupo viu os sintomas se agravarem até que todos morressem prematuramente.
A intenção agora, afirmam os pesquisadores, é realizar um teste em voluntários humanos. Os autores do estudo afirmam que a FDA (agência de vigilância sanitária dos EUA) já autorizou o planejamento de um ensaio clínico.
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