Presidente do Cremesp critica internação em massa de usuários de crack
Segundo psiquiatra Mauro Aranha, é preciso convencer o dependente a se tratar
O R7 realizou hoje um debate ao vivo sobre a Cracolândia com o psiquiatra Mauro Aranha e a socióloga Nathália Oliveira
R7
Aranha participou na tarde desta quarta-feira (24) de um debate ao vivo no R7, transmitido na página do portal no facebook, sobre os desdobramentos da megaoperação policial deflagrada no domingo (21) pela prefeitura e pelo governo de São Paulo. Também participaram a cientista social Nathália Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas e Álcool e membro do ITTC (Instituto Terra, Trabalho e Cidadania), além dos jornalistas do R7 Domingos Fraga e Diego Junqueira.
“A internação na dependência de droga ela é pontual e limitada em determinadas fases da doença. É claro que a internação pode ser útil em determinados momentos do tratamento e da doença, mas não como regra geral, indiscriminada e muito menos em massa”, diz o médico.
— Quando o indivíduo é internado de forma que não seja adequada, ou seja, quando ele estava em condição de decidir pela não internação, a saída da internação é de muita revolta e fatalmente ele vai voltar pelo círculo vicioso da doença.
Nathalia Oliveira afirmou que nos tratamentos forçado, quando “o sujeito não entende que ele precisa ser olhado e que inclusive a opinião dele não é levada em consideração”, esse tratamento tem pouca possibilidade de dar certo
— A não consideração sobre a opinião do sujeito, do que ele quer para a vida dele, ou mesmo se ele quer ser avaliado, isso é muito grave. então a probabilidade de isso dar certo é praticamente zero.
Fonte: http://noticias.r7.com/sao-paulo/presidente-do-cremesp-critica-internacao-em-massa-de-usuarios-de-crack-24052017
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