quinta-feira, 25 de maio de 2017

24/5/2017 às 18h42 (Atualizado em 24/5/2017 às 18h45)

Presidente do Cremesp critica internação em massa de usuários de crack

Segundo psiquiatra Mauro Aranha, é preciso convencer o dependente a se tratar

Do R7
O R7 realizou hoje um debate ao vivo sobre a Cracolândia com o psiquiatra Mauro Aranha e a socióloga Nathália Oliveira R7
 
A internação em massa de usuários de crack, como pretende fazer a Prefeitura de São Paulo,  não é uma solução para enfrentar o problema da dependência química em regiões conhecidas como “cracolândia”. A opinião é do médico psiquiatra Mauro Aranha, presidente do Cremesp (Conselho Regional de Medicina de São Paulo).

Aranha participou na tarde desta quarta-feira (24) de um debate ao vivo no R7, transmitido na página do portal no facebook, sobre os  desdobramentos da megaoperação policial deflagrada  no domingo (21) pela prefeitura e pelo governo de São Paulo. Também participaram a cientista social Nathália Oliveira, presidente do Conselho Municipal de Políticas Sobre Drogas e Álcool e membro do ITTC (Instituto Terra, Trabalho e Cidadania), além dos jornalistas do R7 Domingos Fraga e Diego Junqueira.

“A internação na dependência de droga ela é pontual e limitada em determinadas fases da doença. É claro que a internação pode ser útil em determinados momentos do tratamento e da doença, mas não como regra geral, indiscriminada e muito menos em massa”, diz o médico.

— Quando o indivíduo é internado de forma que não seja adequada, ou seja, quando ele estava em condição de decidir pela não internação, a saída da internação é de muita revolta e fatalmente ele vai voltar pelo círculo vicioso da doença.

Nathalia Oliveira afirmou que nos tratamentos forçado, quando “o sujeito não entende que ele precisa ser olhado e que inclusive a opinião dele não é levada em consideração”, esse tratamento tem pouca possibilidade de dar certo

— A não consideração sobre a opinião do sujeito, do que ele quer para a vida dele, ou mesmo se ele quer ser avaliado, isso é muito grave. então a probabilidade de isso dar certo é praticamente zero.

Fonte: http://noticias.r7.com/sao-paulo/presidente-do-cremesp-critica-internacao-em-massa-de-usuarios-de-crack-24052017

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