quarta-feira, 4 de novembro de 2015

Como perceber atrasos na fala da criança? Veja as dicas do Bem Estar

O desenvolvimento da fala passa por três estágios básicos.
Se a criança estiver com dificuldades, os pais devem procurar ajuda.

Fique de olho em seu filho, procure perceber se ele tem atraso na fala.
Já aconteceu de você procurar uma palavra para explicar alguma coisa e não encontrar essa palavra? Será que pode ser sinal de alguma doença? E as crianças começam a falar com quantos anos? O Bem Estar desta quarta-feira (4) desvendou os segredos da fala e falou também sobre os distúrbios. Participaram do programa o neurologista Tarso Adoni e a fonoaudióloga Luciana Paiva Farias.


Por que esquecemos as palavras? Os especialistas explicam que às vezes pensamos em uma coisa, mas não conseguimos lembrar a palavra associada a ela. Isso não é um problema. Você deve se preocupar e procurar um médico se o esquecimento for muito frequente. Estresse e cansaço podem colaborar para esse ‘branco’ na mente.
Os convidados também falaram sobre as crianças e o desenvolvimento da fala, que passa por três estágios básicos: a lalação, que ocorre entre três e quatro meses e se caracteriza pela emissão de sons; o balbucio, que ocorre entre sete e oito meses, e é formado pela emissão das primeiras sílabas; e a emissão das primeiras palavras completas e evolução do vocabulário, que começa a partir do primeiro ano até cinco ou seis anos.
Se o filho está com dificuldade para desenvolver a fala, os pais devem procurar ajuda de um fonoaudiólogo. Algumas crianças precisam aprender até os movimentos básicos da fala. Os exercícios são sempre lúdicos. A criança precisa de atenção. Falar com ela ajuda a desenvolver a fala. Nada de deixa-la sozinha com o tablete em jogos educativos e achar que isso vai desenvolver a fala!

Gagueira
A gagueira é um distúrbio da fala e acomete crianças entre dois e três anos de idade. Entre 70% e 80% dos casos ela vai embora sozinha, sem tratamento. Se a gagueira aparecer após o período de desenvolvimento da fala pode ser alguma condição neurológica que precisa atenção.
A gagueira pode ser hereditária (em 80% dos casos) ou por lesão neurológica (20% dos casos). Em casos persistentes, ela deixa de ser fisiológica e passa a ser caracterizada como patológica. Outros sintomas acabam se somando, como a dificuldade na produção dos sons, hesitação, repetição de fonemas ou sons. Como estratégia, o gago pode preferir substituir palavras que são mais difíceis para ele.

Troca de letras, exercícios, hora de tirar a chupeta...
A fonoaudióloga Luciana Paiva explica que a chupeta, a mamadeira, chupar o dedo podem sim prejudicar a fala da criança. Esses hábitos podem alterar a musculatura da boca. 

Luciana também fala que é importante utilizar as atividades da rotina para exercitar a fala da criança. No banho, na hora de comer, sempre dialogue, comente sobre os objetos, situações do dia a dia. Lembre-se que a troca é importante e inclua sempre a criança nas atividades e conversas.


Antes de começar a falar, a criança observa e ouve os sons emitidos pelas pessoas. É importante sempre conversar com a criança para estimular a fala. A troca de letras deve ser resolvida até três anos e meio. Saiba quando é importante procurar um profissional no vídeo.
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/como-perceber-atrasos-na-fala-da-crianca-veja-dicas-do-bem-estar.html


04/11/2015 05h00 - Atualizado em 04/11/2015 12h20

Técnica em vídeo ajuda paciente com gagueira a manter fluência, diz estudo

Paciente é filmado e observa seus próprios vídeos depois do tratamento.
Técnica serve para evitar recaídas e perda da fluência adquirida em terapia.

 Paciente Tim Sesink, um dos participantes do estudo, participa de sessão no Instituto de Tratamento e Pesquisa sobre Gagueira da Universidade de Alberta (Foto:  Istar/Universidade de Alberta/Divulgação ) 

Paciente Tim Sesink, um dos participantes do estudo, participa de sessão no Instituto de Tratamento e Pesquisa sobre Gagueira da Universidade de Alberta (Foto: Istar/Universidade de Alberta/Divulgação )

Ao observar que muitos pacientes que passavam por tratamentos contra gagueira apresentavam "recaídas" e perda parcial da fluência que conquistaram com o tratamento, pesquisadores do Instituto para Tratamento e Pesquisa sobre Gagueira (Istar) da Universidade de Alberta, no Canadá, resolveram testar uma técnica muito usada por atletas: a automodelagem por vídeo, ou video self-modeling (VSM).
Ela consiste em assistir a vídeos de si mesmo praticando aquela atividade que se deseja aprimorar. No caso de atletas, eles recorrem a filmagens de suas melhores performances.
Já no caso dos pacientes com gagueira, a técnica testada pelos pesquisadores foi filmá-los logo após o fim do tratamento, quando as habilidades desenvolvidas durante a terapia estavam no auge. Os participantes do estudo tinham que assistir a seus próprios vídeos ao menos duas vezes por semana.
A conclusão, publicada na edição de julho do "Journal of Fluency Disorders", foi de que quanto mais vezes assistiram às filmagens, melhor era o resultado. Os participantes passaram a diminuir o número de sílabas gaguejadas, além de relatar a impressão de que a técnica ajudou em situações pessoais e profissionais.
"É difícil manter a motivação, e a automodelagem por vídeo ajuda os clientes a verem eles mesmos em uma atitude confiante e bem-sucedida", diz a pesquisadora Marilyn Langevin, uma das autoras do estudo. "Desenvolve a confiança e a habilidade, além de ajudar com a motivação."
Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/noticia/2015/11/tecnica-em-video-ajuda-paciente-com-gagueira-manter-fluencia-diz-estudo.html  

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