Dengue, zika e chikungunya: Brasil teve quase 2 milhões de casos de doenças do Aedes em 2016
Os casos de dengue caíram 11,1% e os de chikungunya aumentaram 606% em relação a 2015, segundo informação do ministério. Zika começou a ser contabilizada no ano passado.
Em 2016, o Brasil registrou 1.987.678 casos das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti
no Brasil: dengue, zika e chikungunya. As arboviroses provocaram 846
mortes. Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta
quinta-feira (2), que contabilizam os casos registrados até o dia 31 de
dezembro.
Ao todo, foram 1.500.535 casos de dengue, 11,1% a menos que em 2015. De
chikungunya, foram 271.824 casos em 2016, um aumento de 606% em relação
ao ano retrasado. Zika teve 215.319 casos registrados em 2016, mas em
2015 ainda não eram enviadas notificações sobre a doença ao ministério.
O número de óbitos pelas doenças do Aedes foi menor em 2016 em
comparação a 2015, quando 866 mortes pelas arboviroses foram
registradas.
Os dados mostram ainda que 2016 foi o ano com o segundo maior número de
casos de dengue no Brasil desde 1990, quando os dados começaram a ser
registrados no Brasil, perdendo só para 2015.
Segundo o infectologista Juvêncio José Duailibi Furtado, coordenador
científico da Sociedade Paulista de Infectologia, o aumento das doenças
transmitidas pelo Aedes no Brasil nos últimos tempos se deve a uma falha
no combate ao mosquito. “Não conseguimos controlar população de
mosquitos”, diz. “Existem vários vírus chegando ao Brasil: zika,
chikungunya e mayaro. Mas o transmissor é o mesmo, o Aedes, por isso
nosso grande desafio é combatê-lo.”
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