sábado, 4 de fevereiro de 2017

Dengue, zika e chikungunya: Brasil teve quase 2 milhões de casos de doenças do Aedes em 2016

Os casos de dengue caíram 11,1% e os de chikungunya aumentaram 606% em relação a 2015, segundo informação do ministério. Zika começou a ser contabilizada no ano passado.

 
Em 2016, o Brasil registrou 1.987.678 casos das três principais doenças transmitidas pelo Aedes aegypti no Brasil: dengue, zika e chikungunya. As arboviroses provocaram 846 mortes. Os dados são do boletim divulgado pelo Ministério da Saúde nesta quinta-feira (2), que contabilizam os casos registrados até o dia 31 de dezembro. 

Ao todo, foram 1.500.535 casos de dengue, 11,1% a menos que em 2015. De chikungunya, foram 271.824 casos em 2016, um aumento de 606% em relação ao ano retrasado. Zika teve 215.319 casos registrados em 2016, mas em 2015 ainda não eram enviadas notificações sobre a doença ao ministério. 

O número de óbitos pelas doenças do Aedes foi menor em 2016 em comparação a 2015, quando 866 mortes pelas arboviroses foram registradas. 

Os dados mostram ainda que 2016 foi o ano com o segundo maior número de casos de dengue no Brasil desde 1990, quando os dados começaram a ser registrados no Brasil, perdendo só para 2015. 

Segundo o infectologista Juvêncio José Duailibi Furtado, coordenador científico da Sociedade Paulista de Infectologia, o aumento das doenças transmitidas pelo Aedes no Brasil nos últimos tempos se deve a uma falha no combate ao mosquito. “Não conseguimos controlar população de mosquitos”, diz. “Existem vários vírus chegando ao Brasil: zika, chikungunya e mayaro. Mas o transmissor é o mesmo, o Aedes, por isso nosso grande desafio é combatê-lo.” 

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