quarta-feira, 8 de fevereiro de 2017

Segunda-feira, 06/02/2017, às 09:25,

Sífilis: há motivo para alarme?

Como pode?

Em pleno século XXI a sífilis, uma doença antiga na história humana, da qual se conhece o agente causador, o método de transmissão, os cuidados preventivos e para a qual há um tratamento simples e relativamente barato, está aumentando sua incidência na população.

Mais que isso: mulheres jovens, em idade fértil, estão se contaminando mais frequentemente e a sífilis congênita, consequência imediata, está aumentando de forma preocupante.

Qual a causa para este aumento dos casos de sífilis?

Uma só: as pessoas com vida sexual ativa estão deixando de se proteger com a camisinha. A AIDS atualmente parece que ficou esmaecida em uma história remota e para os jovens de hoje deixou de ser um problema a se preocupar. Tudo errado. Mas é assim que os jovens pensam. Resultado: hoje muitos não se lembram de colocar  a camisinha quando estão com seus parceiros(as).

Consequência imediata: as doenças sexualmente transmissíveis, dentre as quai a sífilis (e também a AIDS)  seguem subindo suas estatísticas.

O grande problema é que as moças grávidas com sífilis podem passar a doença para seus filhos que estão ainda em formação nos seus respectivos úteros. Estes bebês podem nascer comprometidos e apresentar sequelas para o resto da vida. Importante saber isso.

Muitas jovens acham que só o zika vírus é que deve ser motivo de preocupação para a saúde dos bebês.

As moças grávidas fazem tudo para não serem picadas pelo Aedes aegypti. No entanto, homens e mulheres tem se esquecido de evitar outras doenças também incapacitantes para os pequenos bebês, como a sífilis, por exemplo.

Como se pega sífilis?

A sífilis pode ser adquirida de duas formas: pelo contato sexual desprotegido; ou pelo que se chama transmissão vertical, isto é, a bactéria passa da mãe para o filho, pela placenta, e contamina o bebê dentro do útero.

Quais os sintomas da sífilis nos adultos?

A sífilis vem em 3 fases, que podem durar anos. Os sintomas são: primeiro aparece uma lesão vermelha, pequena, que não dói e não coça na região genital de homens ou de mulheres contaminados. Chama a atenção uma ou mais  “bolinhas” ou “caroços”, que são os gânglios, que podem aparecer na virilha. Fique atento e é importante que você seja diagnosticado  e receba o tratamento nesta fase. Esta é a sífilis que chamamos de “primária”. No entanto, muitas pessoas desavisadas não ligam e essa lesão desaparece.

Acham que estão curadas. Só que a bactéria persiste no organismo  e avança no seu caminho de comprometimento. 

Quando não tratada, depois de 6 semanas a 6 meses, a sífilis vira “secundária”. Aparecem lesões vermelhas no corpo, principalmente na palma das mãos e plantas dos pés, que também não coçam e não doem. Se não tratada, pode evoluir para a sífilis terciária, que pode levar até ao óbito.

Quais os comprometimentos que a sífilis congênita pode dar no bebês?

Bebês com sífilis congênita geralmente apresentam os sintomas da doença nos primeiros dias ou meses de vida. Podem apresentar feridas pelo corpo, deficiência auditiva, visual ou mental,  dentes deformados e  problemas respiratórios como pneumonia, para citar alguns. Em alguns casos pode levar ao óbito. Por isso, é imperativo que todos se protejam.

Há tratamento?

Sim. O diagnóstico é simples, e basta um exame de sangue. Todas as gestantes devem realizar e iniciar o tratamento, que é feito com penicilina, o quanto antes.

Não se descuidem. Adolescentes, jovens e adultos de todas as idades, que tenham vida sexual ativa, devem se proteger. Moças em idade fértil tem a obrigação de se proteger e, consequentemente, proteger a saúde de seus futuros filhos.

Camisinha sempre. Parece óbvio e todos já estão “cansados” de ouvir falar isso. Só que não usam. Vamos seguir batendo nesta “tecla”.  Usem camisinha. Vamos nessa.

Fonte: http://g1.globo.com/bemestar/blog/doutora-ana-responde/post/sifilis-ha-motivo-para-alarme.html

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