terça-feira, 2 de maio de 2017

Insônia causa depressão? Veja o que dizem os especialistas

A insônia é uma das principais causas de depressão, doença que atualmente mais rouba anos saudáveis dos brasileiros.

A insônia é uma das principais causas de depressão, doença que atualmente mais rouba anos saudáveis dos brasileiros. O consultor e psiquiatra Daniel Barros explicou no Bem Estar desta segunda-feira (1) qual a relação entre elas. Já a neurologista Dalva Poyares fez um alerta: quem teve depressão uma vez tem mais chance de ter de novo. Mas uma boa notícia: a meditação, comprovadamente, reduz os riscos de recaídas.
A insônia tem uma relação temporal com a depressão. Ela tende a preceder a depressão em 43% dos casos. Segundo a neurologista, a insônia crônica pode atingir até 15% dos adultos e as mulheres são as que mais sofrem. São elas também que têm mais depressão e ansiedade. Já a insônia eventual pode ocorrer em antecipação a algum evento importante ou um estresse súbito.
Muitas pessoas com insônia iniciaram seus sintomas após exposição a um estresse da vida, como separação, morte, desemprego, mudanças de vida. Esse é o caso da administradora de empresas Elizabeth Solimenes Flores. O marido dela teve um ataque cardíaco fulminante aos 53 anos e isso mudou a vida dela. Ela ficou um pouco mais de um ano sem dormir direito. E a meditação transcendental foi fundamental para a mudança. Agora, Elizabeth medita duas vezes por dia, consegue relaxar e dormir. 

Dormir não significa somente desligar o cérebro. Existe uma área que trabalha para isso. Normalmente, as áreas do sono estão ativas para um sono reparador, e a área da vigília desligada. O insone passa por um conflito na área da vigília, que não fica totalmente apagada. Por isso é comum a pessoa não saber se está dormindo ou acordada.
A insônia pode trazer consequências à saúde física e mental, como fadiga, cansaço, mais riscos para hipertensão e diabetes, sintomas de depressão, ansiedade, irritabilidade e prejuízos na esfera social, familiar, profissional ou nos estudos. 

Algumas medidas podem ajudar a ter um sono reparador. Nada de hábitos que dificultem o início do sono, por exemplo. É importante ter uma rotina para dormir e acordar, para criar um ritmo de vigília e sono. Antes de dormir, evite álcool bebida com cafeína e exercícios físicos e também faça refeições leves. Banhos quentes, apesar de parecerem relaxantes, devem ser evitados, pois podem causar reação vascular, que aumenta a adrenalina. 

Ficar muito tempo na cama sem dormir não garante que o sono virá. Isso até pode ser prejudicial, pois faz com que o insone associe sua cama com a sensação de não dormir. Aprender a relaxar é importante, mas pode requerer tempo. Por isso, a meditação pode ser uma ótima opção. 

Nenhum comentário :

Postar um comentário