quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

27/1/2016 às 16h10 (Atualizado em 27/1/2016 às 16h21)

Brasil resgatou mais de 1.000 trabalhadores em condições de escravidão em 2015

Entre os localizados no ano passado aparecem 40 menores de idade e 65 imigrantes
MG liderou o número de trabalhadores resgatados, com 432 vítimasReprodução: http://reporterbrasil.org.br
Mais de 1.000 trabalhadores foram flagrados de condições análogas à escravidão no Brasil em 2015, por meio de 140 operações realizadas pelo Grupo Especial de Fiscalização Móvel e por auditores fiscais do trabalho para combater o trabalho escravo no País.
De acordo com balanço do MTPS (Ministério do Trabalho e Previdência Social), divulgado nesta quarta-feira (27) as ações identificaram 1.010 trabalhadores em condições análogas às de escravo, em 90 dos 257 estabelecimentos fiscalizados.
Mantendo a tendência registrada em 2014, a maioria das vítimas de trabalho escravo no Brasil foi localizada em áreas urbanas que concentraram 61% dos casos (607 trabalhadores em 85 ações). Nas 55 operações realizadas na área rural, 403 pessoas foram identificadas.
O Estado de Minas Gerais liderou o número de trabalhadores resgatados, com 432 vítimas (43%). Em seguida estão o Maranhão com 107 resgates (11%), Rio de Janeiro com 87 (9%), Ceará com 70 resgates (7%) e São Paulo com 66 vítimas (6%).
Do total de trabalhadores alcançados, 65 deles eram imigrantes de diversas nacionalidades, entre bolivianos, chineses, peruanos e haitianos. Os dados revelam ainda que doze dos resgatados de trabalho escravo em 2015 tinham idade inferior aos 16 anos e que outros 28 tinham idade entre 16 e 18 anos, atuando em atividades da Lista das Piores Formas de Trabalho Infantil. 
O ministro do Trabalho e Previdência Social, Miguel Rossetto destacou que não irá tolerar que a população que nenhum cidadão esteja em “condição degradante que retira sua condição humana”.
— Nossas instituições vêm enfrentando este tema de forma corajosa e determinada há muito tempo. Em 20 anos de atuação do Grupo Móvel, localizamos quase 50 mil vítimas nessa situação.
Atividades
A extração de minérios concentrou 31,05% dos trabalhadores alcançados no ano, com 313 vítimas trabalhando na extração e britamento de pedras, extração de minério de ferro e extração de minérios de metais preciosos.
O ramo da construção civil representa 18,55% do total (187 trabalhadores localizados). A agricultura e a pecuária, atividades com histórico de resgate, aparecem em seguida, com 15,18% e 14,29% do número de trabalhadores identificados em condições análogas a de escravo.

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