29/1/2016 às 11h55 (Atualizado em 29/1/2016 às 11h55)
Combate ao zika ajuda a ampliar investimentos em pesquisa e prevenção
Avanços científicos mais rápidos já registrados ocorreram após mundo perceber ameaça
Larvas do mosquito Aedes aegypti, transmissor da dengue, febre chikungunya e zika vírus, no instituto FioCruz, no Recife (PE)DIEGO HERCULANO/BRAZIL PHOTO PRESS/ESTADÃO CONTEÚDO
A mobilização de outros países no combate ao vírus zika ajuda não apenas a conter a disseminação do Aedes aegypti, mas também a ampliar os investimentos em atividades de pesquisa e prevenção. A avaliação é do diretor do departamento de Vigilância de Doenças Transmissíveis do Ministério da Saúde, Cláudio Maierovitch.
"Quanto mais gente, quanto mais países e investigadores, quanto mais governos e população houver envolvidos no combate à doença, maior a probabilidade de que nós tenhamos nova soluções e resultados positivos", destacou.
Maierovitch lembrou que os avanços científicos mais rápidos já registrados em saúde ocorreram quando o mundo percebeu que havia uma ameaça importante e que eram necessários esforços conjuntos para enfrentá-la. Isso abre caminho, segundo ele, para mais recursos de diferentes partes e para que cientistas se unam em vez de competir.
— Assim como o Brasil está preocupado com o zika vírus e com a eliminação do mosquito, hoje, o mundo inteiro percebe esse perigo. A OMS [Organização Mundial da Saúde] chama os países a se mobilizar para reunir recursos que possam combater o mosquito e que possam enfrentar a doença também.
A OMS convocou nesta quinta-feira (28) um comitê de emergência para tratar do aumento de infecções pelo vírus zika, bem como do registro de casos de anomalias congênitas em bebês e de síndromes possivelmente associadas à doença. O grupo se reúne na próxima segunda-feira (1º) e deve decidir se decreta situação de emergência em saúde pública de interesse internacional.
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