Grupo liderado pelo Canadá promete vacina contra o zika para novembro
Projeto une dois centros de pesquisa e duas empresas farmacêuticas.
Equipe inclui cientista que ajudou a desenvolver vacina contra o ebola.
Técnica analisa amostra de sangue de paciente infectado pelo zika (Foto: Juan Carlos Ulate/Reuters)
Uma vacina para o zika pode estar pronta para uso emergencial antes do final de 2016 -- muito antes do período estimado por autoridades de saúde -- afirma um dos institutos que a desenvolve.
O novo imunizante está sendo criado pelo Laboratório Nacional de Microbiologia do Canadá e pela Universidade da Pensilvânia (EUA), em parceria com as empresas farmacêutica Inovio, americana, e GeneOne, sul-coreana.
Segundo Gary Kobinger, cientista canadense na gestão do projeto, é possível que imunizante comece a ser testado já em agosto. Após passar por avaliação de segurança, a vacina estaria pronta para ser usada ainda em caráter emergencial -- antes de comprovação definitiva de eficácia em novembro.
"Essa vacina é fácil de produzir. Ela seria fabricada em escala realmente grande em um período curto", afirmou Kobinger, que trabalhou também na criação de uma vacina eficaz contra o Ebola na Guiné. "A primeira coisa é estarmos prontos para o pior."
A promessa canadense é mais ousada que a de autoridades sanitárias americanas, que estimam uma escala de vários anos para desenvolver um imunizante eficaz.
Joseph Kim, CEO da Inovio, afirma que a agenda adotada para desenvolver a vacina é ousada, mas possível.
Joseph Kim, CEO da Inovio, afirma que a agenda adotada para desenvolver a vacina é ousada, mas possível.
"Acredito que essa será a primeira vacina a entrar em testes humanos", disse. "Acreditamos estar à frente do pelotão principal na corrida por uma vacina para o zika."
O Instituto Butantan, de São Paulo, promete desenvolver uma vacina "em tempo recorde", que na avaliação da direção da entidade significa algo entre três e cinco anos.
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