Laboratório usa realidade virtual para ajudar crianças a enfrentar medo de vacina
Iniciativas têm aplicado tecnologia para controlar medo e dor. Laboratório brasileiro vai oferecer óculos de realidade virtual para crianças com medo de agulha.
Criança usa óculos de realidade virtual no momento de receber vacina em
laboratório de São Paulo (Foto: Divulgação/Hermes Pardini)
A realidade virtual tem sido aplicada na medicina para ajudar a
controlar a dor há alguns anos. Estudos descrevem o uso da tecnologia em
pacientes que passam por tratamentos de queimadura, que têm dores
relacionadas ao câncer e que passam por procedimentos médicos com
frequência. Pacientes imersos no mundo virtual relatam sentir menos dor,
incômodo e desconforto durante procedimentos de saúde.
Um estudo divulgado em janeiro pela Clínica Sansum, na Califórnia,
Estados Unidos, concluiu que crianças que usaram óculos 3D no momento em
que receberam sua vacina anual de influenza relataram ter sentido 75%
menos dor e 52% menos medo do que aqueles que tomaram a vacina sem o
acessório. O estudo levou em conta o relato de 244 crianças, 112 das
quais tiveram acesso à realidade virtual.
A estratégia também tem sido usada por uma rede de farmácias da Suécia,
a Apotek Hjärtat. Lá, pacientes de todas as idades podem usar o
programa de realidade virtual "Happy place" no momento de receberem
vacinas.
Agora, um laboratório brasileiro começou a usar a tecnologia. Funciona
assim: a criança que chega para tomar a vacina recebe o óculos de
realidade virtual que exibe uma animação em 3D. O enredo coloca a
criança como um herói que vai receber um "poder especial" para salvar o
reino.
Quando a enfermeira passa o algodão com álcool no braço do paciente, a
personagem do desenho diz que aquele é o momento de aplicar o "pólen de
gelo". Em seguida, a personagem aplica o superpoder no exato momento em
que a enfermeira aplica a vacina. A profissional coordena seus
movimentos com a história que a criança está presenciando por meio de um
computador.
Até agora, 10 crianças já usaram o recurso, que ainda está em fase de
experimentação. Até o fim do mês, a estratégia estará disponível em
unidades do laboratório Hermes Pardini de Belo Horizonte, São Paulo e
Goiânia.
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