sábado, 23 de janeiro de 2016

23/1/2016 às 06h54 (Atualizado em 23/1/2016 às 06h54)

Grávidas nos EUA buscam orientação médica sobre zika após viajarem para exterior

Centro de Prevenção de Doenças aconselha grávidas a não viajar para 22 países com riscos
Médicos dos EUA estão respondendo a uma série de chamadas de mulheres grávidasBBC/Thinkstock
CHICAGO (Reuters) - Médicos norte-americanos estão respondendo a uma série de chamadas de mulheres grávidas que recentemente viajaram a países afetados pelo zika vírus e temem uma possível exposição à infecção transmitida por mosquito e ligada no Brasil a um aumento de casos de danos cerebrais em recém-nascidos.
Novas orientações nos Estados Unidos recomendam exame de sangue somente para grávidas com sintomas da infecção. No entanto, 80% dos pacientes com zika não apresentam sintomas, impedindo muitas mulheres de obterem a informação num prazo que as possibilite tomar uma decisão consciente sobre a criança em gestação, disseram experientes obstetras à Reuters nesta semana.
"Esses efeitos não vão necessariamente ser vistos no período em que a mãe pode decidir terminar com a gravidez”, disse Natalie Meirowitz, médica de um centro em Long Island.
O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos está aconselhando as mulheres grávidas a não viajar para os 22 países e territórios da América Latina e do Caribe onde o zika está causando infecções. A agência adicionou oito desses países à lista nesta sexta-feira (22).
O Brasil disse que o número de bebês nascidos com microcefalia, uma condição caracterizada pela cabeça de tamanho menor do que o normal, aumentou 10% para 3.893 num período de dez dias. El Salvador fez um apelo para que as mulheres evitem ficar grávidasaté 2018 devido ao vírus.
A Faculdade Americana de Obstetras e Ginecologistas estima que os seus membros têm recebido “centenas, se não milhares” de chamadas de pacientes que haviam viajado para regiões infectadas, disse uma porta-voz.
"Está consumindo as nossas vidas”, afirmou a médica Laura Riley, presidente da Sociedade de Medicina Materna-Fetal e especialista em gravidez de alto risco.
O CDC está tentando determinar quantas grávidas podem ter viajado para regiões afetadas nos últimos meses. A agência divulgou orientações provisórias nesta semana aconselhando médicos a realizar exames de sangue somente em mulheres com os sintomas.
Alguns médicos estão preocupados que outras grávidas sob risco não seriam assim identificadas, já que 80% das pessoas infectadas pelo zika não apresentam sintomas.

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