quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

27/1/2016 às 14h54 (Atualizado em 27/1/2016 às 15h48)

Samarco garante que lama não atingiu arquipélago de Abrolhos (BA)

Exames não detectaram óxido de ferro nas amostras coletadas no litoral baiano
Sedimentos em suspensão filmados perto de Abrolhos não eram rejeitos de minérioManu Dias/ GOVBA
Análises de amostra coletadas pela mineradora Samarco mostram que a lama de rejeitos da barragem de Fundão, em Mariana, não atingiu o sul da Bahia. Os resultados foram enviados pelo laboratório ALS Corplab no dia 20 de janeiro e divulgados pela Samarco nesta quarta-feira (27).   
No dia 7 deste mês, o aparecimento de sedimentos em suspensão perto do arquipélago de Abrolhos levantou a suspeita de que a enchente de rejeitos de minério de ferro teria chegado ao estado baiano.   
A presidente do Ibama, Marilene Ramos, e do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade, Claudio Maretti, chegaram a divulgar que os sedimentos observados seriam rejeitos da mineradora. Dias depois, as autoridades recuaram ao divulgar que a informação era investigada.   
A análise das amostras, entretanto, não apontou a presença de óxido de ferro, uma das substâncias presentes na enchente que devastou a bacia hidrográfica do Rio Doce. Segundo a mineradora, nenhuma situação anormal foi relatada no norte do Espírito Santo, o que tornaria impossível a chegada dos rejeitos à Bahia.   
Como hipótese para o aparecimento da manha, a Samarco aponta "outros fatores de influência de movimentação de sedimentos" ou "fenômenos climáticos que ocasionaram a formação de ondas no litoral entre 1,5 m e 2,5 m que provocaram ressuspensão natural".   
Com a chuva das últimas semanas, os rejeitos que haviam sedimentado às margens do rio Doce voltaram ao curso d´água. Populações ribeirinhas sofrem desde novembro com a falta de peixes e a água barrenta contaminada em toda a extensão da bacia. 

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