19/1/2016 às 17h32 (Atualizado em 19/1/2016 às 18h36)
Piracicaba elimina 82% de larvas do Aedes aegypti com projeto experimental
Iniciativa cria de mosquitos transgênicos incapazes de produzir larvas resistentes

Piracicaba executa projeto que reduz em até 82% incidência do mosquito Aedes em região
A Prefeitura de Piracicaba, cidade do interior paulista, anunciou nesta terça-feira (19) a redução de 82% de larvas do mosquito Aedes aegypti em uma área utilizada para teste.
O projeto, batizado de Aedes aegypti “do bem”, consiste na criação de mosquitos transgênicos machos que, se copularem com alguma fêmea, vão originar larvas que morrerão antes da fase adulta.
Como as doenças só são transmitidas por Aedes aegypti fêmeas, esses machos competirão com os não transgênicos e, quando copularem com outras fêmeas, originarão larvas que não se desenvolverão. Desta forma, o índice de incidência do mosquito tende a diminuir.
Segundo a Secretaria Municipal de Saúde, o resultado é uma novidade positiva nas medidas de prevenção contra o mosquito transmissor de dengue, febre chikungunya e zika vírus.
A iniciativa foi em parceria com a empresa Oxitec, que planeja expandir o projeto para todo o Brasil. O diretor da empreiteira, Glen Slade, está otimista em relação ao controle do mosquito.
— Os mapas dos níveis de infestação mostram que as liberações contínuas do Aedes aegypti “do bem” estão prevenindo a explosão populacional do mosquito selvagem que, em geral, acompanha a estação chuvosa.
Segundo o prefeito de Piracicaba, Gabriel Ferrato, o próximo passo é instalar uma fábrica da empresa no município para expandir o projeto em outra área da cidade — medida que vai atingir uma população de 35 a 60 mil habitantes.
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