terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

1/2/2016 às 13h10 (Atualizado em 1/2/2016 às 15h52)

Zika vírus poderia ter ligação com mosquitos geneticamente modificados?

Cientistas levantam a hipótese após surto da doença; empresa nega
Mosquito Aedes é transmissor do zika vírus, dengue e chikungunyaFotos Públicas/Venilton Kuchler/ ANPr
Diante da explosão de casos de zika em diversos países da América, alguns cientistas levantam a hipótese de que o vírus poderia ter relação com mosquitos geneticamente modificados. As informações são dos sites britânicos Daily Mail e Mirror.
Em 2012, a empresa de biotecnologia britânica Oxitec desenvolveu um tipo de mosquito macho que, ao reproduzir com a fêmea, produziriam insetos que morreriam rapidamente. O objetivo do experimento é de tentar reduzir a quantidade desses animais. Os mosquitos foram soltos no Brasil como uma maneira de combater a dengue, uma das doenças transmitidas pelo Aedes aegypti.
Ao Daily Mail, o executivo-chefe da empresa Hadyn Parry afirmou que foram tomadas todas as medidas possíveis de combate ao Aedes, como inseticidas, armadilhas e 'mosquitos estéreis', que foram distribuídos em áreas com alta incidência da doença para ajudar a parar a propagação da doença na sua fonte.
Segundo ele, “quanto menos mosquitos, menor o risco da doença”.
— Nossa abordagem provou ser mais eficaz do que as alternativas com menor impacto ambiental. 
Os insetos foram lançados no Brasil, Malásia, Índia e as Ilhas Cayman, com o objetivo de acabar com 80% das espécies de Aedes aegypti, que transmite também o zika vírus e febre chikungunya. Além da dengue, o projeto foi feito para combater também a malária.
O zika já é encontrado em mais de 20 países da América Latina. E já está se multiplicando pela Costa Leste e região central dos Estados Unidos. Os únicos países dessas regiões que estão imunes ao vírus são o Chile e o Canadá, onde não há a presença de Aedes, por causa do inverno prolongado e das baixas temperaturas.
A proliferação do zika vírus pelo mundo já é uma realidade que tem deixado em estado de alerta as principais autoridades sanitárias do planeta, como a OMS (Organização Mundial de Saúde) e a Opas (Organização Pan-Americana da Saúde). O assunto tem sido manchete nos principais jornais do mundo. 
Com base no Brasil, a doença está se espalhando para outras regiões tropicais e subtropicais propícias para o desenvolvimento do mosquito Aedes aegypti, vetor do zika, da chikungunya e da dengue. Nestes países, a maior parte da população não tem imunidade ao vírus, o que contribui ainda mais para a epidemia. 
A tendência, segundo especialistas, é que tal epidemia continue se alastrando e se torne endêmica (recorrente em períodos do ano) em alguns países como o Brasil e da América Latina. 
A maior preocupação em relação ao zika é o fato de a doença estar relacionada à má-formação de bebês, que podem nascer com microcefalia por causa do contato do vírus com o feto. 
Não se sabe a exata atuação do zika no corpo humano e em que momento ocorre a infecção do feto, mas, tanto governos. O governo brasileiro já confirmou a relação entre os casos de microcefalia e o zika.

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