terça-feira, 2 de fevereiro de 2016

1/2/2016 às 17h17 (Atualizado em 1/2/2016 às 18h29)

Cientistas vão poder alterar DNA de embriões para evitar aborto e problemas com o feto

Para que procedimento ocorra, embrião deve ter no máximo sete dias
Cientistas serão autorizados a alterar o DNA de embriões nos primeiros sete diasWikimedia Commons
Cientistas no Reino Unido serão autorizados a modificar geneticamente embriões humanos pela primeira vez na história para que possam evitar chances de aborto e problemas com o feto, segundo o jornal The Independent. 
Isso porque receberam uma licença para seguir com uma pesquisa inovadora que aborda as fases iniciais da vida humana. As alterações só são autorizadas em embriões nos primeiros sete dias. 
A licença foi concedida pelo órgão independente Hfea (Fertilização Humana e Embriologia do Reino Unido), no entanto, esses embriões ainda não podem ser implantados nas mulheres. Contudo, a decisão representa um grande marco no uso da tecnologia revolucionária da edição de gene, conhecida como CRISPR-Cas9.
O comitê acrescentou uma ressalva de que nenhuma edição de gene pode ocorrer até que a pesquisa receba aprovação separada de um painel de ética — e isso pode ser conseguido a partir de março.
O projeto está sendo conduzido pelo Kathy Niakan no Instituto Crick Francis, em Londres; seus colegas disseram que estavam "encantados" com o fato de o pedido de licença ter sido aprovado.
A motivação de Niakan foi dedicada a abordar as questões éticas em torno da edição de embriões humanos. Após a aprovação da Lei de Fertilização e Embriologia Humana em 2008, o Reino Unido tem algumas das legislações mais fortes do mundo neste campo.
A pesquisa vai permitir que cientistas alterem o código genético de embriões, isolem segmentos individuais de DNA e avaliem como eles contribuem para o crescimento precoce e comportamento dos embriões.
Um embrião tem apenas cerca de 250 células com sete dias de desenvolvimento, e a maioria delas é absorvida pela placenta. Compreender quais genes ditam essas questões de desenvolvimento do feto podem melhorar as taxas de sucesso de fertilização in vitro, por exemplo. 

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