terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

21/2/2016 às 17h02 (Atualizado em 21/2/2016 às 18h16)

Número de mortos em ataques terroristas na Síria passa de cem

Atentados com bombas aconteceram neste domingo em Damasco e em Homs
Ataque em distrito de Homs deixou mais de 40 mortosSana/Associated Press/Estadão Conteúdo
Ataques a bomba na capital da Síria, Damasco, e em Homs, deixaram mais de cem pessoas mortas, neste domingo (21), informaram monitores de organizações não governamentais e fontes oficiais à rede de televisão BBC.
No sul da capital Damasco, onde fica o mais importante templo xiita do País, foram registradas diversas explosões. Fontes do governo informam que carros-bomba foram usados nos ataques. O Observatório Sírio de Direitos Humanos também fala que houve ataques suicidas.
As explosões em Damasco aconteceram poucas horas depois de dois carros-bombas serem detonados em um distrito da cidade de Homs, deixando ao menos 46 mortos e uma centena de feridos. Esse foi o segundo atentado que mais provocou vítimas em Homs desde o começo da guerra civil no país, há cinco anos.
No mês passado, o Estado Islâmico cometeu um atentado com bomba na mesma cidade. Porém, o grupo terrorista não reivindicou até o momento a autoria dos ataques deste domingo.
Acordo
O secretário de Estado dos EUA, John Kerry, anunciou neste domingo que ele e o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, chegaram a um acordo provisório sobre os termos de uma trégua na Síria e que os dois lados estavam mais perto de um cessar-fogo do que nunca. Segundo Kerry, ainda há questões a serem resolvidas e não pode se esperar qualquer mudança imediata em solo.
Desde setembro, a Rússia tem organizados ataques aéreos que têm como alvo rebeldes contrários ao presidente Bashar al-Assad. Isso tornou ainda mais sangrenta a guerra civil no País, que em cinco anos já matou mais de 250 mil pessoas.
Assad disse ontem que está pronto para um cessar-fogo, mas que é preciso impedir que terroristas não usem uma calmaria como vantagem. Ele também quer que países que apoiem insurgentes parem de apoiá-los. Vale lembrar que os Estados Unidos são favoráveis aos grupos anti-governo.
A oposição ao regime de Assad já chegou a dizer que concorda com a possibilidade de uma trégua, desde que houvesse garantias de que aliados do ditador, incluindo a Rússia, iriam respeitar o acordo.
"Chegamos a um acordo provisório, em princípio, sobre os termos de uma cessação das hostilidades que poderia começar nos próximos dias", disse Kerry em entrevista coletiva em Amã com o chanceler jordaniano Nasser Judeh.  
Entretanto, o secretário repetiu a posição dos Estados Unidos, de que Assad tem que renunciar. “Com Assad, essa guerra não pode e não vai acabar”, afirmou.
A permanência do ditador no poder é um dos principais pontos de divergência entre Washington e Moscou, principal apoiador do governante sírio. Apesar disso, a Rússia afirmou que os sírios precisam decidir sobre a permanência ou não de Assad.

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