terça-feira, 23 de fevereiro de 2016

22/2/2016 às 00h30

Publicitária que passou por 3 transplantes de rins revela luta contra doença: "Vi a morte"

Claudia Eberle fala sobre superação em livro recém-lançado
A publicitária Claudia Eberle, de 40 anos, não aparenta as dificuldades que passou. Convivendo com uma doença autoimune conhecida como Doença de Berger desde os 14 anos de idade, ela já teve que passar por três transplantes de rim, mas, mesmo assim, não perdeu o sorriso e a vontade de lutar pela vida— Eu decidi não me entregar*Colaborou: Luis Jourdain, estagiário do R7
A publicitária Claudia Eberle, de 40 anos, não aparenta as dificuldades que passou. Convivendo com uma doença autoimune conhecida como Doença de Berger desde os 14 anos de idade, ela já teve que passar por três transplantes de rim, mas, mesmo assim, não perdeu o sorriso e a vontade de lutar pela vida.

— Eu decidi não me entregar.
Depois de trabalhar durante anos no mercado corporativo, Claudia largou a publicidade em 2013, após seu terceiro transplante, para compartilhar sua história de vida com as outras pessoas. Atualmente, ela dá palestras motivacionais pelo País e acabou de lançar um livro sobre a sua vida, intitulado Três Vidas: uma história de superação e pílulas de positividade, na semana passada
Depois de trabalhar durante anos no mercado corporativo, Claudia largou a publicidade em 2013, após seu terceiro transplante, para compartilhar sua história de vida com as outras pessoas. Atualmente, ela dá palestras motivacionais pelo País e acabou de lançar um livro sobre a sua vida, intitulado Três Vidas: uma história de superação e pílulas de positividade, na semana passada.
Apesar de todas o sofrimento relacionado à doença, Claudia conta que conseguiu superar as dificuldades tentando encontrar o lado positivo das situações que enfrentou ao longo de sua vida.— As pessoas
depositam muita fé e energia em Deus achando que ele vai resolver seus problemas, mas eu acho que se você pensa positivo, vai atrair energia
positiva
Apesar de todas o sofrimento relacionado à doença, Claudia conta que conseguiu superar as dificuldades tentando encontrar o lado positivo das situações que enfrentou ao longo de sua vida.

— As pessoas depositam muita fé e energia em Deus achando que ele vai resolver seus problemas, mas eu acho que se você pensa positivo, vai atrair energia positiva.
Segundo a publicitária, sua visão particular de encarar as dificuldades da vida vem desde os 14 anos, quando foi diagnosticada como portadora da Doença de Berger — um quadro que compromete o funcionamento dos rins e que não tem cura. 
Segundo a publicitária, sua visão particular de encarar as dificuldades da vida vem desde os 14 anos, quando foi diagnosticada como portadora da Doença de Berger — um quadro que compromete o funcionamento dos rins e que não tem cura. 
Enquanto suas colegas se divertiam em brincadeiras típicas de sua idade, Claudia tinha que passar por tratamentos de diálise durante quatro horas, três vezes por semana.— Entre brincar e lutar pela vida, eu preferi lutar pela vida
Enquanto suas colegas se divertiam em brincadeiras típicas de sua idade, Claudia tinha que passar por tratamentos de diálise durante quatro horas, três vezes por semana.

— Entre brincar e lutar pela vida, eu preferi lutar pela vida.
Nesse primeiro momento, Claudia conseguiu encontrar um doador de rim: seu próprio pai. A operação foi bem sucedida, e, durante dez anos, ela não teve complicações relacionadas ao transplante. No entanto, aos 24 anos, veio a notícia: depois de quase dez anos, o órgão havia sido rejeitado pelo seu corpo.— Aí eu vi todo o
filminho de novo. Eu vi a morte
Nesse primeiro momento, Claudia conseguiu encontrar um doador de rim: seu próprio pai. A operação foi bem sucedida, e, durante dez anos, ela não teve complicações relacionadas ao transplante. No entanto, aos 24 anos, veio a notícia: depois de quase dez anos, o órgão havia sido rejeitado pelo seu corpo.

— Aí eu vi todo o filminho de novo. Eu vi a morte.
Quando recebeu a notícia de que precisaria de outro transplante, o quadro de Claudia já estava ruim. Após uma primeira diálise, ela teve uma trombose na perna e foi levada à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). O tempo para realizar a operação era curto. E foi aí que apareceu uma nova doadora: sua tia.— Com o
rim dela eu consegui muitas conquistas que muitos médicos diziam ser impossíveis, como ter um filho
Quando recebeu a notícia de que precisaria de outro transplante, o quadro de Claudia já estava ruim. Após uma primeira diálise, ela teve uma trombose na perna e foi levada à UTI (Unidade de Tratamento Intensivo). O tempo para realizar a operação era curto. E foi aí que apareceu uma nova doadora: sua tia.

— Com o rim dela eu consegui muitas conquistas que muitos médicos diziam ser impossíveis, como ter um filho.
Claudia se casou com um alemão e foi morar com ele em Barcelona, na Espanha. Em um primeiro momento, os médicos disseram que seria arriscado tentar engravidar. E sua primeira gestação terminou em um aborto. Mesmo assim, ela tentou de novo e conseguiu dar à luz Diego, que atualmente tem oito anos de idade
Claudia se casou com um alemão e foi morar com ele em Barcelona, na Espanha. Em um primeiro momento, os médicos disseram que seria arriscado tentar engravidar. E sua primeira gestação terminou em um aborto. Mesmo assim, ela tentou de novo e conseguiu dar à luz Diego, que atualmente tem oito anos de idade.
Quando seu filho completou sete anos de idade, Claudia já estava com 38 anos. Foi aí que ela voltou a apresentar sintomas que apontavam para uma nova rejeição do rim transplantado. — Eu já estava meio
preparada. A vida faz você ficar mais pronta para as adversidades, e eu fui
para um 3º transplante. Dessa vez, no entanto, não haviam mais familiares compatíveis com ela. Claudia entrou na fila da doação de órgãos, e se surpreendeu ao saber que uma amiga de longa data de sua mãe havia se comovido com sua história e queria ajudá-la.— Doação de órgãos é uma coisa séria, tem que estar preparado. Você está doando a vida para o
outro
Quando seu filho completou sete anos de idade, Claudia já estava com 38 anos. Foi aí que ela voltou a apresentar sintomas que apontavam para uma nova rejeição do rim transplantado. 

— Eu já estava meio preparada. A vida faz você ficar mais pronta para as adversidades, e eu fui para um 3º transplante. 

Dessa vez, no entanto, não haviam mais familiares compatíveis com ela. Claudia entrou na fila da doação de órgãos, e se surpreendeu ao saber que uma amiga de longa data de sua mãe havia se comovido com sua história e queria ajudá-la.

— Doação de órgãos é uma coisa séria, tem que estar preparado. Você está doando a vida para o outro.
Agora, Claudia já está há quase três anos com seu novo rim. A publicitária classifica suas experiências com os transplantes como 'três
vidas'. Segundo ela, seus amigos a incentivaram a compartilhar sua história, dizendo que ela conseguia motivar as pessoas.— Eu acabei criando uma plataforma chamada Pílulas de Positividade, na qual compartilho pequenas doses diárias de experiências reais e, hoje, estou
com quase 80 mil seguidores
Agora, Claudia já está há quase três anos com seu novo rim. A publicitária classifica suas experiências com os transplantes como "três vidas". Segundo ela, seus amigos a incentivaram a compartilhar sua história, dizendo que ela conseguia motivar as pessoas.

— Eu acabei criando uma plataforma chamada Pílulas de Positividade, na qual compartilho pequenas doses diárias de experiências reais e, hoje, estou com quase 80 mil seguidores.
Claudia acredita que sua força para encarar a vida vem de sua família. Ela conta que teve que manter o pensamento positivo para mostrar a eles que iria superar as dificuldades. — Se eu estou viva hoje é pela minha família e
meus doadores. Se não fossem eles, eu não estaria aqui hoje.
Claudia acredita que sua força para encarar a vida vem de sua família. Ela conta que teve que manter o pensamento positivo para mostrar a eles que iria superar as dificuldades. 

— Se eu estou viva hoje é pela minha família e meus doadores. Se não fossem eles, eu não estaria aqui hoje.
Com isso, Claudia passou a fazer campanha pela conscientização a respeito da doação de órgãos em vida. — Muitas pessoas acham que só podem doar orgaos depois da morte, mas não
é verdade. Se não fossem meu doadores eu não estaria aqui.Por fim, Claudia deixa um recado para quem se inspira em sua história de vida.— Por favor, não esperem ter uma doença para acordar para tudo isso. Vamos contribuir com nós mesmos agora, porque o tempo não volta, e a vida é muito curta
Com isso, Claudia passou a fazer campanha pela conscientização a respeito da doação de órgãos em vida. 

— Muitas pessoas acham que só podem doar orgaos depois da morte, mas não é verdade. Se não fossem meu doadores eu não estaria aqui.

Por fim, Claudia deixa um recado para quem se inspira em sua história de vida.

— Por favor, não esperem ter uma doença para acordar para tudo isso. Vamos contribuir com nós mesmos agora, porque o tempo não volta, e a vida é muito curta.

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